quarta-feira, 21 de novembro de 2007
DAS CHUVAS
A semana passada foi de frio e chuva aqui em Guarulhos. Tremi de frio às portas do Solstício de Verão.
E agradeci a cada gota que caia, ainda que seja ácida. Ainda que não possa mais bebe-la do seio da nuvem assim como fazia meu avô. Do seio!
Agradeço pela grama e pela árvore alta. Ainda que hajam poucas árvores, e a grama seja proibida. Proibida!
Agradeci em nomes dos que umedeciam o ar dos quartos com toalhas estendidas, em nome das flores secas nas praças e pombas sedentas. Ainda que seja poucas as flores e doentes as pombas. Pombas!
Agradeci em nome da represa de terra rachada e pelo agricultor ansioso. Ainda que o nível caia ano a ano, e que o transgênico coloque um código de acesso em cada semente. Semente!
Agradeci em nome do rio. Rio domesticado, cercado de concreto, mas ainda vivo. Que ruge, que ruge (pois há um dragão em cada leito)! Concreto!
Agradeço ao Divino pelas bençãos dos céus. Ainda que sejam sob luta. Luta!
Que o equilíbrio perdure. Que dure enquanto canta o trovão. Que cantemos!
Que Assim Seja!
Sabem o que rima com chuva?
Cordel do Fogo Encantado!
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Como gosto da Chuva! sempre trás ótimas promessas de nascimento, purificação e mudanças!
ResponderExcluirSinto-me ótimo, quando vejo o céu escuro, pronto para desabar em água.
Ah, quando mais jovem fazia questão de sair naquelas tardes quentes de verão só para que, na volta, pegasse a chuva, cantando Legião entre os raios e trovões!
ResponderExcluirE mais uma vez chove a cântaros no Solstício de Verão. Mas nada que já não seja previsto, rs!
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