Mesmo antes de nascer a vida de Mani estava em risco. Filha da união de sua mãe com o Divino, ela estava sujeita a lei dos homens e esta dizia que mulher grávida é mulher casada com homem. E aonde estava o pai? Não se sabe. A mãe de Mani chora dias e noites sob o olhar severo do pai, jurando que não fora à mata com ninguém da tribo para se deitar na relva e fazer amor. A tribo a despreza ou a evita como se tivesse uma doença contagiosa. Se afastam.
O que a Mãe, nossa Mãe, não sabe é que ela alimentará nações com o fruto de seu ventre que já vem até com nome: Mani. Tal-e-qual Demeter de Outras Terras, ela chorará muito por sua filha mas suas lágrimas serão lembradas para sempre enquanto o sacrifício Dela e de Sua Filha for por nós repassado. É da Casa de Mani que surge a farinha que minha mãe habilmente misturava com carne, legumes, caldo e temperos e comia com gosto. E eu, criança, lutando com o garfo e a faca achava aquela destreza o máximo, rs!
A batata salvou milhões na Europa (sendo que países inteiros dependiam de boas safras, como pode ser visto AQUI) e a mandioca outros milhões na África, onde até hoje é plantada tendo como a Nigéria um de seus maiores produtores.
Mas ainda estamos às portas do Equinócio do Outono e o fruto ainda não está maduro. Sejamos fortes e pacientes como Mani. Que a menina-Deusa nos ensine a suportar os encargos de ser o que somos, apesar de nossas origens! Feliz Lammas.
Ps.:
Vejam como são as coisas. Este texto se inspirou em outro blog, o Círculo de Gaia e agora a corrente segue adiante através do blog do amigo Saulo, o Empório da Bruxaria. Mas nosso amigo mineiro lapidou o pensamento em poesia. Segue um trecho. Aproveitem e leiam no original também, rs!
Mas ainda estamos às portas do Equinócio do Outono e o fruto ainda não está maduro. Sejamos fortes e pacientes como Mani. Que a menina-Deusa nos ensine a suportar os encargos de ser o que somos, apesar de nossas origens! Feliz Lammas.
Ps.:
Vejam como são as coisas. Este texto se inspirou em outro blog, o Círculo de Gaia e agora a corrente segue adiante através do blog do amigo Saulo, o Empório da Bruxaria. Mas nosso amigo mineiro lapidou o pensamento em poesia. Segue um trecho. Aproveitem e leiam no original também, rs!
"Uma nova esperança,
Que a tribo iria receber,
Tão bela criança,
Fruto de um bem querer,
"Da concepção divina,
O cacique duvidava da pureza,
E em seu sonho veio à confirmação,
Tupã, do ato explicou-lhe com clareza."
Nem preciso de dizer que sou um grande admirador de sua escrita.
ResponderExcluirSobre a musica, gosto muito das canções dessa dupla, tem musicas muito divinas, mas essa é a mais belas de todas.
Nossa mãe terra vem matando a fome desde o inicio dos tempos, hoje, passasse uma falsa ilusão, ou talvez seja distante de perceber por pessoas condicionadas aos grandes centros, onde crianças entendem que o leite, é de "caixinha" ao invés de ser da vaquinha...
Feliz Lammas
Passando para lhe desejar novamente feliz Lammas.
ResponderExcluirEu, escrevi um poema, que tenta contar a lenda, gostaria que se possível, compartilhasse sua opinião.
Um grande Abraço
Opa, recado dado. E coloquei como PS um trecho de sua poesia e um link até o blog, para que outros possam admira-la assim como eu fiz!
ResponderExcluirAbraços fraternos!
Sergio.
Você é nota 10!
ResponderExcluirMuito obrigado, a inspiração inicial partiu de quando li seu blog. As vezes existe essa valorização da cultura de fora, e assim, nosso Brasil é um MIX de todas elas...
Desafio no meu blog para você...
ResponderExcluirCreio que é nossa mania de ver o brasileiro como vira-lata. Mas nossa alma é nobre! E somos um povo vira-lata, mesmo!, no sentido em que somos realmente este mix de culturas e gentes.
ResponderExcluirE quero mais é que sejamos mais misturados ainda! Afinal está provado que as raças puras são as que mais sofrem nas mãos da Natureza, pois seus males mais profundos também são intensificados.