Olá a tod@s!
O fogo da mudança ameaça as terras egípcias nestes dias. Lembram do texto Saber Perder deste blog? Então... o "presidente-faraó" do Egito não sabe perder. O país vive uma crise econômica e social e o cara quer ficar lá eternamente após uma semana de choques entre forças policiais e manifestantes no Cairo! Fez às pressas uma reforminha meia-boca nomeando um policial para o cargo de vice-presidente e dissolvendo o ministério que ele mesmo nomeia. "E daí?", podem vocês pensar.
Bem, levando em conta que o atual manda-chuva do lugar era vice-presidente antes de assumir o poder a 30 anos atrás, traça-se então uma interessante linha decisória, não acham? E já vivemos uma situação parecida aqui no Brasil também.
Mas ele não casou com o Egito como faziam os reis do passado, mas o tomou e se mantém no trono graças ao exército e não por causa da sua capacidade administrativa. E para não largar o osso todos os métodos truculentos são usados, desde os mais antigos como as balas, fuzis e tanques, até algo relativamente novo que é desligar a Internet e a rede de telefonia celular! A tevê Al Jazeera já foi pro espaço!
Temo pela seguranças das pessoas que lá moram e que estão montadas em um barril de pólvora. O Egito é um importante aliado ocidental na região então poucos presidentes darão um pito no Mubarak. Se não deram um sermão no homem nos últimos 30 anos, porque o fariam agora? E o rei da Arábia Saudita (país que, entre outras coisas, proíbe as mulheres de dirigir) já demonstrou seu apoio ao "presidente-faraó". Lógico, pois a próxima cabeça a ser pedida nas ruas pode ser a dele! Lembrando que os protestos contra a corrupção e pobreza nasceram em outras nações da região, como a Tunísia. Enquanto isso, os saques aos patrimônios culturais e residências na capital já começaram.
Fica a lição para vocês sobre a vida em uma nação: os homens no poder em geral são eleitos nos braços do povo, mas sempre que podem se mantém no poder graças as baionetas dos soldados.
Que a paz e a prosperidade voltem às terras banhadas pelo Grandioso Nilo.
E para provar que um governante se apoia mais em seu exército do que na Constituição, deixo-lhes uma lição de nasceu a primeira Constituição no Brasil, contada pelo historiador Eduardo Bueno.
E para provar que um governante se apoia mais em seu exército do que na Constituição, deixo-lhes uma lição de nasceu a primeira Constituição no Brasil, contada pelo historiador Eduardo Bueno.
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