segunda-feira, 31 de março de 2008
DAS PRAGAS
Nem tudo é doce e claro sob o manto da Deusa, ou colhemos sempre bençãos. Às vezes somos tomados pela consciência de que dividimos o mundo com outras criaturas vivas, e que elas possuem um ritmo próprio. É um processo que envolve dor e perda.
A Ceifadora
No começo do dia os campos estão verdejantes, frutos e talos cheios de seiva brilhando ao sol. E de repente tudo é ameaçado pela praga. São súditos das divindades que chamamos de escuras, ceifadoras. São as que aparecem para receber o quinhão que a vida sempre cobra, mas cuja parte do contrato nós nem sempre lembramos que existe.
É curioso que muitas vezes nossas as mãos que arrancam do solo a mandioca para nosso sustento. Que nós somos para os outros os enviados da Ceifadora.
Fim do caminho
Tudo é cíclico, mas isto é um conceito, é razão. Os caminhos do coração são mais tortuosos e a incompreensão e impotência nos tomam quando achamos que fazemos tudo certo e o destino tem seus próprios planos. É preciso então encontrar nosso centro deste carrossel e de lá observar de outra maneira os acontecimentos e melhor avaliar o que fazer.
Sun Tzu, estrategista militar, conta que ficar parado também é um movimento, desde que se saiba o que se está fazendo. Nós lutamos contra a praga com todas as nossas forças, e elas surgem em mais e mais. Chega uma hora que é preciso reconhecer e jogar a toalha. Deixar que as lágrimas finalmente se vertam pela face queimada do sol enquanto os frutos do trabalho de tempos se vão.
Enquanto o mundo trabalha, nós guardamos forças para o recomeço. E é isto que se faz quando as forças são gigantescas em dado momento: você espera em lugar seguro para que elas se esgotem, pois tudo é cíclico.
E então, no momento oportuno, com energias renovadas, as ferramentas certas e um plano eficaz, retornamos à cena, belos e brilhantes.
Até lá, abracemos e fortaleçamos uns aos outros para melhor enfrentar o frio, medo e a fome.
Que Assim Seja.
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