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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

UMIDIFICADOR NATURAL



Olá!

Uma grande massa de ar seco cobre boa parte do país enquanto escrevo estas mal traçadas linhas. Este evento climático leva aos hospitais todos os anos centenas de crianças e adultos nas as grandes cidades em busca de serviço médico.

Um paliativo para isto é o uso de umidificadores de ar nos ambientes fechados. Vejo muitos ligados em farmácias e lojas a título de propaganda. Enquanto uns choram outros vendem lenços e a maior prova disso são os aumentos das vendas desses aparelhos. Mas creio que a maquininha é um tiro no pé, pois:

  • Gasta energia
  • Faz ruído
  • Aquece o ambiente
  • Tem pequeno alcance
  • Não é barato

Não é melhor ter plantas dentro dos ambientes?

  • Usam energia solar
  • São silenciosas
  • Refrescam/estabilizam a temperatura do ambiente
  • Tem ajuste automático de umidade
  • São mais baratas
  • São mais bonitas
  • Oxigenam o ambiente enquanto houver luz

Curioso como ninguém fala nisso. Certo, dão como alternativa por bacias com água no cômodo. Mas já dei grandes tropeços nessas peças e resolvi optar pelas plantas. Como não oferecem a solução simples de verdejar os cômodos das casas e tornar o ar mais úmido e menos nocivo?

Para quem duvida, parto de uma premissa simples: as árvores na nossa Serra da Cantareira e Serra do Mar que umedecem e resfriam o ar a sua volta e que, com as condições certas, causam as chuvas orográficas.  A natureza sempre aponta o caminho.

Um jardim externo também ajuda bastante, pois diminui a temperatura uma vez que a maior parte do calor do sol se transforma em vapor dágua e auxilia na fotossíntese. Concreto e cimento, por algum motivo, não realizam essas transformações, acredita? Rs!

Há quem faça também seu pequeno jardim interno, na medida que o espaço permite. Vejam o exemplo da amiga portuguesa Hazel, do blog Casa Claridade. Leve em conta que a maioria das amigas-plantas mostradas no blog foram salvas do lixo ou foram fruto de doações. E elas agradecem, perfumando, oxigenando e umidificando seu espaço de trabalho.

E se houver espaço na calçada, plante uma árvore nativa do Brasil nela pelos motivos já citados. Ipês são boas escolhas, já que são a árvore-símbolo do país e dão flores lindas no inverno. A pata-de-vaca também é uma opção, pois seu tamanho é ideal para ambientes urbanos e tem propriedades de cura.

Pense nisso.
Saúde (cof, cof), amizade, liberdade!


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

RIR FAZ BEM!


Sim, caro leitor e leitora. Apesar de respirar como um moribundo por conta da poluição e do sol abrasador da tarde, decidi rir. Porque quem controla nosso humor controla nossa vontade. E não deixarei que ninguém seja soberano a mim.

O riso clareia a mente, sendo a pausa que se precisa ter antes de se tomar uma ação. A quem diga que faz bem para a saúde! Para mim é uma das atribuições do Mago no Tarot. Se antes somos o Louco sem número agora possuímos não só a motivação mas também uma plateia atenta e desejosa de ver coisas curiosas.

O humor também tem como a outra face a tragédia. São Tália e Melpônome, as Musas que ainda hoje velam pelos artistas em todo o mundo. O que é trágico hoje em nossa vida amanhã nos faz rir. Tudo se inverte. O riso reduz a gravidade das coisas quando é bem usado.

Nos períodos invernais do Hemisfério Norte das terras mediterrâneas temos as Saturnálias, festas oferecidas ao Deus Saturno onde tudo se invertia, o senhor virava escravo e o escravo senhor. Cara, devia ser engraçado! A mensagem do Deus que rege o tempo é: permita que a tristeza se vá com vagar das coisas.

Me veio na cabeça o duelo entre os dois monges no livro O Nome da Rosa, de Umberto Eco. Um deles achava o riso um desperdício (senão um pecado) porque na Bíblia não há registros disso. O outro monge retruca: mas também não diz que ele não ria! Se não leu, leia.


O riso é uma arma

Nessas eleições têm aparecido muitos cômicos na televisão. Todos querem a sua atenção se fazem todo o tipo de "micagens". Isso quando usam de todos os meios para deliberadamente rebaixar o seu oponente.

Quando mal usado o riso torna tudo motivo de chacota e deixa qualquer ideia superficial. Mesmo os assuntos que merecem mais atenção são desmerecidos. Tal forma de riso é usado para coisificar a outra pessoa ou atitude com fins mesquinhos.Nas escolas temos o problema do bullying, nome pomposo para a pura e simples tiração de sarro da cara do outro. Não raro isso acaba em tiroteio nas salas de aula.

Relendo este texto percebo que o humor sadio é voltado primeiramente para o próprio autor da chacota. Os palhaços nunca quiseram ser levados a sério, mas as coisas sobre as quais falavam eram para retratar situações, não pessoas. Quem faz do humor uma arma para beneficiar a si mesmo e não entra na brincadeira, fica na no palanque dizendo do que devemos ou não rir, veste terno e gravata para parecer sério é um usurpador.

Cuidado com os palhaços travestidos de homens sérios. São gente perigosa.

Penso então que em nossa vida temos que mesclar gravidade e leveza, tragédia e comédia, drama e humor. Que para fazer rir com legitimidade temos que entrar no picadeiro da vida como palhaços e não como o dono do circo.

Gargalhas, amizade e liberdade. 


Ps.: deixo vocês agora com uma benção em forma de funk. Ponham as crianças na sala, kakakakaka!


S. Thot 


terça-feira, 24 de agosto de 2010

UTOPIAS



Sou um ser utópico, reconheço. Sou fruto de uma geração sanduíche, nascida nos escombros da  Ditadura e que ainda está se acostumando com a Democracia. É fato que a Democracia, como o Direito ou a Tecnologia, não chegam em todos os lugares e corações ao mesmo tempo, infelizmente.

Mas sou utópico e acredito e trabalho para que isto aconteça um dia. Vivemos situações em nosso dia-a-dia que nos fazem perder a fé na humanidade. Acredite quando digo que percebemos melhor o mal que o bem nas pessoas e ações. São as pequenas injustiças cotidianas que vistas sob a lupa tornam-se os piores monstros.

Raramente alguém se maravilha com o nascer do sol, mas todos maldizeriam se ele não nascesse a cada manhã. A questão é que o sol nasce e as coisas continuam funcionando, bem ou mal, por conta de uma multidão de anônimos que se esforçam para tal. seja porque simplesmente são pagos ou porque acreditam em algo Maior que eles próprios. Sou desta segunda classe. Acredito em algo Maior do que eu e minhas vicissitudes diárias.

Vivemos tempos secos. E não falo só do clima das últimas semanas. Mas seco de sonhos  impossíveis. Olhe em sua volta e perceba que a maioria das coisas que o rodeia seriam impossíveis a cem, 50, 30, 20 anos atrás. Mas estão aí!

Não permitamos que o medo se instale nos corações das pessoas. Foi o medo e o rancor que causaram as mortes da Alemanha de Hitler, no Kosovo de Milošević, na Ruanda de Jean Kambanda. Mas é nossa fé e nosso esforço que mantem a civilização. Não raro o pagão tem que deixar de lado a enxada e empunhar sua espada quando os saqueadores se aproximam. Está em jogo o fruto do tempo e do trabalho que não pode ser dado de mão beijada.

Se este momento chega, não se perca nas lamúrias, nos porquês ou nas desculpas. Se chegou a hora de lutar, lute. Carregue a Primavera nos dentes se for preciso!



domingo, 22 de agosto de 2010

OCUPE SEU LUGAR NO ESPAÇO



Tive a ideia deste texto assistindo ao History Channel sobre Matéria Escura e Energia Escura. No vídeo os cientistas comentavam sobre estes elementos que sustentam e movimentam o Universo, mas que pouco ou nada conhecemos. Aparentemente a Matéria Escura é o esqueleto que mantém as galáxias coesas.

Ao que parece, a natureza não gosta de espaços vazios, sempre ocupando-os com algo. Em nosso planeta são poucas as regiões que não comportam Vida, mesmo na sua forma mais rudimentar. Não sei se vocês se maravilham com essas coisas. Eu sim.

Durante alguns meses, com supervisão especializada, ministrei aulas em um cursinho pré-vestibular comunitário no bairro dos Pimentas, em Guarulhos. Era a minha forma de "ocupar espaço" na vida das pessoas. Queria oferecer aulas de História, mas como não havia vaga, perguntaram se não assumiria Biologia com ênfase no mundo mundo vegetal. Aceitei. E é curioso os caminhos que o Divino nos leva, não? Gostei muito da experiência.

Uma das coisas que aprendi é que nosso corpo não é nosso. Outros seres descobrem nichos, espaços, possibilidades de se associarem ou parasitarem corpos complexos. Descobri que sou um universo para os mais incríveis tipos de seres. Estes ainda são casa ou alimento para outros menores ainda!

Também aprendi que somos como as cebolas e que possuímos camadas (hmmm isso me lembrou um diálogo de desenho animado, rs!). Essas camadas, esses nossos Eus desafiam as leis da física e ocupam o mesmo corpo. São os ecos do passado que nos acompanham pela vida e, quiçá, além dela. Precisamos ser bons com a pessoa de hoje pois ela estará conosco sempre.

Todos ocupam seu espaço e desempenham um papel na Rede da Vida se percebermos a coisa de um ponto de vista mais funcional. Ou tudo é o que é, e os seres (sejam bactérias, sejam galáxias) apenas cuidam da própria sobrevivência e isso ou ajuda ou atrapalha os demais.

Olhando por este ângulo sinto que a Vida nos convida a tomar nosso lugar. E pede para que não demoremos pois é como dizem por aí: a fila anda e a catraca gira.

Voltando para casa e olhando para as luzes de um ponto elevado e a Lua Cheia subindo no horizonte, me perguntei qual é o meu espaço à ocupar no Universo.

Abaixo, o vídeo que inspirou este texto estranho. Espero que se surpreendam também.

Saúde, amizade, liberdade.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RESPIRE PROFUNDAMENTE



Olá, como vão?


Saindo do trabalho me deparei com um fenômeno climático muito comum na área metropolitana paulistana: a inversão térmica. Ocorrendo principalmente em dias frios, sua característica marcante é a alta concentração de poluentes logo acima das cidades. É associada as ilhas de calor, fazendo com que uma cobertura de fumaça e poeira recubra a cidade. Certo, e daí?


Bem, no retorno à casa pensei sobre meditações que realizamos usando a respiração. Foi através delas que percebi como respirava mal durante meu dia. Não possuía uma respiração profunda, mas feita com pequenos "goles" de ar de cada vez. Porém, como respirar de forma adequada diante da qualidade de ar que temos? Quem tem doenças respiratórias como rinite, sinusite ou asma sofre nesta época do ano.Como fazer exercícios, ou ioga diante deste quadro desesperador?


Se não percebeu como você respira, perceba agora. E se mora em algum centro urbano, inale o ar profundamente e reflita no que sentiu.


Para Conhecer, é Preciso Viajar

Viajei para Minas Gerais meses atrás e me maravilhei em poder ver o horizonte! Sem fumaça! Ao retornar à capital tive nojo de respirar. A respiração profunda que instintivamente adquiri em meu passeio ficou na cidade mineira de São Thomé das Letras. Às vezes é preciso ir longe para se enxergar melhor.

Lembrei destes fatos hoje, após sentir não só a fumaça costumeira como também o cheiro de queimada. É que nesta época do ano tem sempre um espírito de porco que contribui com a poluição botando fogo em tudo que encontra: sofás, madeira velha, pneus.


A fumaça é levada pelo ar pesado às áreas mais baixas da cidade forma uma névoa fina e azulada. Nos dias seguintes ao passar no Hospital Municipal de Urgências vejo as mães entrando e saindo com crianças em crise respiratória. Pela Deusa, será que ninguém liga os pontos?



Continue a Luta

Não pedirei a você, leitor costumeiro, para fazer sua parte. Se está aqui me lendo até esta linha, você já possui alguma forma de consciência & ação ecológica. Isto é mais um desabafo de alguém que não consegue respirar.


Dispensa dizer que o corpo da cidade está doente, pois seus "pulmões", que são as árvores e arbustos em geral são escassos em muitos bairros, já qu m² = R$. Talvez seja a hora de aplicar nas calçadas, terrenos abandonados e afins algumas táticas de guerrilha e ocupação.



Estou de mal-humor. Tomara que as chuvas da Primavera cheguem logo.



Notas:


Acompanhe no site do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) a qualidade do ar na região onde mora clicando AQUI.

Saúde (cof, cof), amizade, liberdade.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

COMEÇAR DE NOVO



É isso aí, gente. Passados os festejos da Candelária é hora da preparação espiritual para um novo ciclo, apesar das rajadas de inverno ainda persistirem mais algumas semanas. A natureza não segue o calendário. Aliás, é o oposto, rs!

Recomeçar é sempre uma tarefa árdua, pois saímos de nosso útero quentinho para caminhar rumo ao Desconhecido. Este Útero Primordial pode ser a nossa casa, ou a escola que conhecemos, o emprego que perdemos, ou uma situação que não nos comporta mais. Ou ainda pode seu o próprio útero mesmo!

Haverão centenas de conselhos falando de como é adequado sair da tal Zona de Conforto e blá-blá-blá, mas a verdade mesmo é que todo mundo sonha somente em ficar na rede a beira da praia, na sombra, tomando água de coco.

Deixar o bem-bom justificando a frase "eu adoro desafios" só é legal quando é divertido. E quando não é, só fazemos as coisas que devemos fazer por ser estritamente necessário. Logo o estímulo ideal é a alavanca para que o Divino que mora em nós (entusiamo) ligue a chave "on/off" e nos impulsione rumo as aventuras. Somos humanos e vamos além das necessidades básicas, como diria Maslow e sua Pirâmide. Querendo ou não.


E lá vai eu falar do Herói novamente...

Creio que já estão cansados de meu papo sobre o herói, não? Mas gosto sempre de relembrar o quão importante é a ação frente ao Desconhecido. O fato é que ao sairmos do Útero, não importa o que façamos, retornaremos a Ele. É a entropia, onde tudo tende à retornar ao Caos.

Nós também! Estou lembrando vocês sobre a Brevidade da Vida e de que o relógio já está funcionando. Tic-Tac! E depois que mergulhamos no Oceano Primordial tudo o que fica são nossos feitos contados pelas gerações.

Esta é a hora de limpar as ferramentas, repassar os planos, aquecer os músculos. Lá fora nos espera a multidão que grita nosso nomes. Pode ouvir?


Boa Sorte!



terça-feira, 10 de agosto de 2010

CONSAGRANDO OBJETOS MÁGICOS

Em complemento da postagem A Arte de Manejar o Pêndulo, escrevo sobre a Consagração de Objetos Mágicos. Mas antes vamos à conceitualização.


O que é Consagração?

Consagração é tornar algo ou alguém sagrado. É retirar um objeto, animal ou pessoa do estado mundano e oferecer seus serviços ao Divino. Tenho para mim que, se quero tornar algo sagrado, eu e minha vida também têm que sê-lo. É sobretudo a minha crença e a minha autoridade no agir e falar que tornam algo ou alguém sagrados. Percebe isso?


O que é Limpeza?

Limpeza é discriminação, é fazer o julgamento do que serve e do que não serve em nossa vida e descartar, separar o que não presta de modo eficaz.


O que são Objetos Mágicos?

São objetos limpos e consagrados que usamos em rituais e práticas de cunho espiritual. Podem ser bastões (cajados), punhais (espadas), cálices (caldeirões), pratos, pêndulos, castiçais, livros, pequenas mesas, incensários, vestes etc. Não só a consagração torna algo mágico, mas também (e principalmente) o uso constante do objeto; e a nossa crença de que um pouco da Essência Divina mora nele através de nossa manipulação.


No blog Além do Físico, o ciberamigo Hudson oferece os conceitos básicos dos Objetos Mágicos. Sugiro uma visita.




A Ferramenta no Imaginário


Os Objetos Mágicos de hoje nada mais são que ferramentas que usamos para nos contactar com o Divino. Desde o início dos tempos usamos de objetos para nossa sobrevivência física e intelectual. Primeiro para afastar os animais, promover segurança e conforto, como as pontas de flecha do povo Clóvis. Depois, para invocar e simbolizar autoridade sobre os homens, e até nos defender deles.


Mesmo os Deuses são representados usando ferramentas, como o martelo de Thor das terras do Norte e Hermes com seu caduceu. Sobre o caduceu e sua simbologia, mais uma vez recomendo o blog Além do Físico, do ciberamigo Hudson.

Os Deuses "modernos" também não abrem mão delas, como provam Batman e seu cinto de utilidades, e Capitão América com seu escudo. Para escrever este texto eu uso diversas ferramentas, como um sistema operacional e um computador ligado a internet.


As ferramentas que sustentam nossa vida também podem nos dar grandes dores de cabeça se mal usadas.


Quem Avisa Amigo É

Toda ferramenta possui um manual de uso e no mundo mágico isso não é diferente. Vejam o vídeo do Aprendiz de Feiticeiro que postei aí embaixo. É uma alegoria do que pode acontecer quando usamos nossas ferramentas de maneira inconsequente. Conheço algumas pessoas que ficam fascinadas com as tais "brincadeiras do copo" e abrem portas que não conseguem mais fechar sem ajuda.


Crer é essencial para um ritual de consagração funcionar. Se você tem dúvidas no ritual, terá dúvidas no uso de seu instrumento. Não adianta duvidar. Se é para fazer, decida-se e faça. Se chegou até esta linha com dúvidas, esqueça. Feche a página e procure outra coisa. Não é para você a informação que vem abaixo.

Ainda aqui? Certo. Se está decido, tudo bem. Então continuemos.


O Ritual

O ritual começa antes do ritual, costuma-se dizer. Sabe por que? Porque quando você imagina, coloca tudo para funcionar dentro de você. A busca de informação, a procura dos instrumentos, a escolha do local, sua limpeza, a visualização do ritual... O Universo já iniciou seu giro para lhe auxiliar em seu intento se sua vontade for forte.

Bem, todo o processo que vou lhe explicar dura cerca de 30 dias. Ah, pensou que seria fácil, um fast magic? Hahahahahahahahaha! Lamento! Esses dias serão divididos em quatro partes seguindo as lunações:

  • Lua nova: fase de descanso e ponderação sobre o que você fará. Exercícios de respiração e meditação são aconselháveis.
  • Lua crescente: elaboração do ritual, busca dos utensílios que serão consagrados, escolha do lugar a ser usado e realização de alguma preparação prévia como limpeza física.
  • Lua cheia: realização do ritual em si.
  • Lua minguante: data final para a eliminação de quaisquer resíduos do ritual e para registro dos acontecimentos caso tenha um Livro das Sombras. Nesta fase sonhos incomuns podem acontecer. Preste atenção neles!


Os passos principais de um ritual são:

A Limpeza Ritual varia conforme o material do qual é feito o objeto. Se são instrumentos de madeira por exemplo, pode-se usar defumação com varetas de incensos com propriedades purificadoras, como o beijoim.

Sente-se diante de um incenso aceso e segure o objeto acima da fumaça que dele é expelida. Mentalize que juntamente com a fumaça ascendem também energias indesejáveis que por ventura estariam no seu instrumento. Peça ao Divino, seja com palavras criadas antecipadamente ou nascidas do momento que interceda ao seu favor. 


A Consagração pode ser feita apresentando os objetos aos Deuses, pedindo-lhes que derramem sobre ele suas bençãos. Faça um voto de usa-lo corretamente e dar-lhe um fim honrado se o momento chegar. Saiba e sinta que neste momento a peça que tem nas mãos possui uma ligação íntima com você e que esta relação só aumentará à medida que ambos trabalharem juntos. 

Se trabalha em coven, peça aos demais membros do grupo que individualmente, ofereçam preces e boas-vindas ao item, seja com palavras previamente ensaiadas ou nascidas do momento.

Uma vez seguindo estes passos, considere seu Objeto Mágico consagrado.


Perceba que tão incluí textos sobre o como conduzir suas falas. Não acredito em "receitas de bolo", em modelo prontos onde o celebrante somente copia e cola a ideia. Então eu deixo para que você preencha esta lacunas com sua sensibilidade.


Leia também um excelente texto no blog Santuário Wicca, da ciberamiga  Hyvi, sobre o mesmo tema clicando AQUI.


A partir de outubro, aproveitando a maré mágica do mês das bruxas, farei uma série de textos sobre o assunto. Siga o link.

Dúvidas, comente!


Saúde, amizade, liberdade.

Sergio Thot.



Ps.: um assunto pouco comentado é o descarte de objetos consagrados, algo infelizmente comum entre alguns pagãos que, por motivos diversos, estão deixando a fé.


Recorro a história do Rei Arthur, no momento em que ele já não podia mais empunhar sua Excalibur. Sob suas ordens, ele pediu que a mágica espada fosse devolvida a Senhora do Lago. Um fim honrado a um instrumento que serviu ao seu propósito, não acha?


Usando este exemplo, e após uma limpeza energética de seu instrumento, minhas propostas são:


  • presentear outro pagão com o/os itens
  • enterra-los, queima-los ou devolve-los à água em um território que considere consagrado
Lógico que a segunda opção passa por diversas questões ambientais. Portanto vale calcular o tamanho de sua pegada ecológica para tomar a melhor decisão. E espero que tome decisões mais acertadas na sua vida na próxima vez antes de adquirir qualquer coisa.