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sábado, 16 de outubro de 2010

CONVITE AO CASAL DIVINO



Olá a tod@s!

Dias atrás uma ciberamiga perguntou-me quem são os Deuses. Me recostei na cadeira e pensei um pouco no assunto, pois estou tão acostumado a sentir a presença Deles que tive de "rebobinar a fita" do conhecimento para responder de maneira racional algo que se encontra no coração. Respondi-lhe que o Deus e a Deusa são nossa maneira infantil e limitada de dar ao Mistério um rosto familiar. Lógico que não sou o primeiro autor pagão a escrever isso. Gente muito mais gabaritada já discorreu páginas sobre isso. Somente simplifiquei a ideia.

Então usamos as máscaras dos deuses (peço licença ao senhor Campbell para usar o termo, rs!) afim de humanizar o Divino, de deixa-los mais próximos. Pense bem e verá que os Deuses não precisam de vestes brancas, tronos, armas ou muitos braços devido a sua onipotência. Mas isto nos aproxima Deles e nos sentimos mais parte da grande família cósmica.

Outra ideia que desejo explicar antes de iniciar o texto em si é o significado da palavra evocação e invocação, que parecem sinônimos mas não são (rimou!).

Evocação é chamar para fora. Evocamos quando não desejamos fazer parte da pessoa/grupo que chamamos. Nos meios ocultos evoca-se entidades que se materializam (por falta de termo melhor) não no círculo onde está o oficiante, mas em um círculo separado. O que me soa como uma jaula, uma prisão. Evocação é uma ordem.

Invocação é chamar para dentro. Invocamos quando desejamos que os princípios espirituais compartilhem conosco nosso espaço ou mesmo nossa consciência. Partindo desta ideia simples não uso a palavra invocar nos textos para não confundir com evocar.

Sendo assim, quando invocamos a presença do Deus  e da Deusa desejamos traze-los para nossa vida de uma maneira especial. De fato, desejamos que sua luz divina brilhe em nossos corações para que possamos nos inspirar em sua jornada afim de completar a nossa.

Uso a palavra convite, que soa muito mais familiar e que resume bem o sentimento que se tem dentro do Círculo Mágico. Invocar é trazer o Divino para dentro de nós e assumir suas responsabilidades. Não é à toa que os egípcios e gregos consideravam o teatro uma obra divina e aplaudiam seus atores a fim de chamar a atenção dos Deuses! Guardadas as devisas proporções celebrar um ritual e agir teatralmente são ações muito próximas!

Dúvidas sobre os conceitos, consulte AQUI.

Dito isto, prossigamos.


Estrutura

Assim como usamos os elementos para representar os quadrantes, no altar também há objetos que representam a presença do Casal Divino em nossa celebração e que representam esta polaridade feminina e masculina/dentro e fora/claro e escuro/frio e calor. São objetos que só fazem sentido quando estão juntos pois é assim também no espiritual: o Deus parte e retorna para o colo da Deusa continuamente.

Gosto de usar como símbolos a Taça e o Athame como símbolos da polaridade, onde esta posiciona-se a esquerda do altar e este a direita do mesmo. Os sacerdotes encarregados anteriormente na criação do círculo mais uma vez assumem suas posições, agora invocando a Deusa e o Deus para si através das palavras rituais adequadas.

Um jarro com vinho ou suco também será necessário.


Conteúdo

Após o convite aos Quadrantes, a Sacerdotisa, o Sacerdote e o Auxiliar posicionam-se diante do altar. A Sacerdotisa segurar a Taça e profere as palavras rituais, seguido pelo sacerdote. As palavras chamam a atenção para as qualidades e responsabilidades que o sagrado masculino e feminino assumem em nossas vidas. Finalizado este, o Auxiliar adiciona um pouco do suco ou vinho dentro da Taça e dá um passo para trás, afim de destacar os sacerdotes.

Estes viram-se um para o outro. A Sacerdotisa lhe estende a Taça enquanto este mergulha em seu interior seu Athame e palavras rituais são proferidas enfatizando que mesmo nossas qualidades não são nada quando não estão juntas e é esta união o propósito de nossas vidas. É o Grande Rito.

E está terminado esta parte.


Alguns pontos:

  • A opção de vinho por suco de uva se dá no caso de restrições por parte de algum celebrante que seja menor de idade ou tenha intolerância ao álcool. Lógico que isto tem que ser levantado com antecedência.
  • Acreditar em ter o Divino dentro de si é diferente de acreditar ser o próprio Divino.
Se esqueci alguma coisa, comente!

Saúde, amizade, liberdade.

S. Thot.





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