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sexta-feira, 11 de julho de 2008

DO CUIDAR




Quem ama, cuida. Um ditado simples repetido exaustivamente pela minha mãe quando eu largava meus brinquedos em algum lugar e eles desapareciam. Ou mudavam de dono! Rs! O mesmo pensamento se aplica ao mundo que nos cerca.


Bem-vindo a São Paulo

Nos dias mais secos, quem trafega pela Aírton Senna sente o cheiro que nosso descuido deixou no maior rio paulista, aquele que ajudou a desenhar os limites de nosso estado. O Rio Tietê no inverno é um esgoto. Com o baixo volume dágua devido a seca, os dejetos industriais e residenciais tomam contam do leito.

Nessas horas sinto vergonha quando trafego pela rodovia, vindo do Aeroporto Congonhas, com pessoas vindas de outras cidades, estados ou países. É uma prova que não fizemos nossa lição de casa ambiental.

Um olhar atento em suas margens, já em Sampa, é um tapa na cara: um furo no concreto de onde escorre uma água escura tem escrito em cima: córrego Fulano de Tal. Quem mora por aqui se acostumou a pensar em córregos como um esgoto à céu aberto. Ledo engano: córrego, regato, riacho... são sinônimos de vida natural, de água limpa com peixes nela. E um dia voltarão a sê-lo. Duvida?


Amor aos pedaços

Para cuidar é preciso amar. Amar a nós mesmos, aos nossos, aos outros. Amar nosso quarto, nossa casa, nossa rua, nossa quadra.

Não digo amar a cidade ou ao planeta porque para muitos uma cidade ou a Terra são porções muito grandes para se conceber como reais. Fiquemos então no palpável, certo?

Consegue amar sua quadra? Ótimo! Isto será uma garantia de que pelo menos, na sua quadra, você não fará a desova daquele sofá velho. Ame seu bairro (vamos lá, dê só mais esta esticadinha em sua imaginação!). Ame e cuide então deste pedaço do planeta Terra onde você mora!

Já é uma vitória, não? RS!

Saúde, amizade, liberdade.


Sergio Thot.

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