Páginas

domingo, 17 de fevereiro de 2008

DO PRECONCEITO



Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...)


VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Segundo a Constituição Federal, todos os cidadãos brasileiros possuem como direito a possibilidade de acreditar no Deus que quiserem, segundo a liturgia que preferirem, sem qualquer impedimento legal. Não vai longe a época em que templos "afros" eram vítimas de batidas policiais, em nome do status quo da sociedade.

 Mesmo nós, que costumamos realizar encontros pagãos em locais públicos como bosques e parques, temos este amparo, desde que com comunicação prévia à administração e seguindo as regras do local quanto a fogo e/ou bebidas alcoólicas, por exemplo.

Mas a permissibilidade legal não faz eco dentro de alguns corações por aí. Enquanto a Wicca for algo destinado somente a alimentar os bolsos de uns e a imaginação de outros, estamos sob controle. Mas o que você faz quando admite-a publicamente, seja na escola, na família ou no trabalho, é ultrapassar esta linha, trazê-la a luz.


Problemas

Nosso culto, apesar de toda a exposição, ainda não é compreendido, pois o que é mostrado ainda é dirigido a parte pirotecnica da Religião: a magia. Mas, dentro de um sistema religioso como o nosso, o ato mágico assume posição secundária. Nos encontramos a cada ponto da Roda do Ano para louvar as divindades. Este louvor é realizado de forma diferente de outros cultos, mas tem o mesmo objetivo.

O fato de exercermos plenamente nossa religião não faz com que deixemos de cumprir obrigações sociais, a menos quando estas firam nossa consciência.

Mas não é raro, porém, que nossas crenças sejam motivos de chacotas, problemas ou mesmo demissões. Isto sem falar em prisão ou morte. Lembrem-se que a lei que permitiu o exercício da bruxaria na Grã-Bretanha, terra de Gardner, mal tem cinqüenta anos! Só recentemente o paganismo foi liberado na Grécia, terra do Monte Olimpo e de Zeus!


Nossa melhor arma sempre foi a inteligência e o diálogo. Avalie o texto abaixo, entre no link, obtenha informação.

"Ademais, mesmo em países democráticos e comprometidos internacionalmente com a proteção dos direitos humanos, os seus cidadãos são passíveis de uma perseguição velada e dissimulada, com restrições aos direitos econômicos, sociais e culturais. Por vezes, o acesso ao mercado de trabalho e aos cargos públicos ou a conquista de um simples diploma, podem custar o sacrifício da consciência."

 

Estamos no Lucro

Se compararmos as leis do país a de outros onde o pensamento religioso majoritário interfere diretamente na religião, ainda estamos no lucro. Países como Irã, Paquistão, Afeganistão e Arábia Saudita  em menor ou maior grau permitem que as leis da nação sejam ditadas por seus clérigos. Daí surgem abominações como a lei da blasfêmia

Lembre-se: nada é fácil quando nos destacamos na sociedade. É nosso preço. Não há vítimas, não somos perseguidos, mas vivemos numa sociedade de conflitos. Nada então de autopiedade, pois o que passamos hoje é vivido por outras pessoas por outros motivos.

Lute por eles e por você.

Saúde, amizade, liberdade.

S. Thot

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

DOS TRÊS "ERRES"




Os que leram o conteúdo da apostila do 1º. ESBG, em 2004, perceberam a ênfase que demos ao tema Ecologia. Entendemos que, como pagãos, somos intimamente ligados a este tema. E com os recursos naturais se extinguindo, aliado ao número crescente de pessoas no planeta, não é preciso se especialista que algo está muito errado.

A Reciclagem de materiais tem sido um dos carros-chefe da Onda Verde que tomou força desde os anos 80. Mas é preciso levar em conta que este é o terceiro de uma seqüência de três ‘erres (Três Rs)’.

Em uma escala crescente de importância encontramos a Reutilização ou Reuso do material, sem alterar drasticamente suas características físicas originais. Exemplo: a utilização de garrafas PET para a fabricação de vasos de plantas, castiçais de velas, brinquedos, cortinas.

Nestes casos não aconteceu transformação química, e a transformação física foi mínima, centrada em cortes que oferecem novas formas ao material.

O ‘erre’ número um então é o Reduzir. Consiste na não fabricação e/ ou consumo de novos objetos de maneira supérflua através do uso racional dos já existentes ou de vida longa. Por exemplo: a recusa na compra de garrafas PET em prol das retornáveis de vidro, que podem ser lavadas e reutilizadas.

Observe que aqui há outros fatores envolvidos, como o transporte das garrafas vazias de volta para o fabricante (combustível&poluição atmosférica), lavagem das garrafas (esta água será descartada? Irá para o reuso?), gastos com energia elétrica, etc.

O Melhor é o Mais Econômico
Deste modo, do ponto de vista ecológico, a Redução do lixo é a mais indicada. Afinal, o melhor jeito de cuidar do lixo é não cria-lo! É uma revolução nos hábitos do mundo ocidental, acostumado ao conforto da sociedade industrial.

Quando o material passa pela primeira fase, chega à vez da Reutilização ou Reuso. Porque uma vez feito o objeto é preciso conservar esta energia.

Esta é a segunda parte da revolução, já que estamos acostumados a usar e descartar. Se o descarte é necessário, que usemos o produto até seu limite. Isto significa seguir as informações do fabricante quanto ao uso e descarte, utilizar materiais certificados por órgãos como INMETRO, etc. Este ‘R’ é indicado ao usuário final, seja ele residência, comércio ou indústria.

Chegamos ao ponto em que a capacidade de uso do material está saturada. É aqui que cabe o terceiro ‘R’: a Reciclagem. Chega também a terceira revolução do lixo, que é a criação do hábito de limpar, separar, compactar, disponibilizar, recolher, transportar, tratar e relançar o material no mercado consumidor.

Economicamente falando é o mais dispendioso em termos gerais, mas o que oferece mais rentabilidade para as indústrias que lidam com matéria-prima, já que retira-la da natureza é mais difícil que recicla-la.

Como foi visto, Redução, Reuso e Reciclagem não são questões só ecológicas, mas também econômicas. A grande tarefa para quem luta nesta frente é fazer com que estes dois valores dêem as mãos e percebam as vantagens que o outro oferece.

O Paganismo e a Ecologia
Não queremos transformar isto em um dogma, mas é coerente o engajamento ativo de todos os bruxos nesta tarefa. Vendo a Terra como Mãe, é fato que rasgamos Sua carne, envenenamos Seu sangue e matamos Seus filhos e nossos irmãos.

Medidas ainda que individuais ou locais são bem-vindas pela Deusa. É um modo belo de tornar nosso dia-a-dia mais sagrado.

Fiquem em Paz, Abençoados(as) Sejam.
 
 
S. Thot

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

sapos? roda? o que eu tenho com isso?!


Novata. Pois é também sou ‘postadora’ desse blog, mas ainda sou muito envergonhada para colocar meus escritos aqui. Então para estrear por aqui coloco um pequeno texto que li e é bem parecido com o momento que venho passando no meu caminho, e acho que dá pra ajudar a pensar um pouquinho também.



O Dia Dos Sapos Que São Híbridos


[...]
Ao pé da minha janela, a enxurrada desce para o bueiro, numa efêmera cascata suja, com inconveniências de cochicho e bochecho. E, quase que o dia inteiro, um sapo, sentado no barro, se perguntava como foi feito o mundo.[...]
Minha Gente; Sagarana, João Guimarães Rosa



Quem vinha era o líder. Existiram já muitos líderes, antigamente. Esse líder tirou a capa que o cobria. Todos estavam imensamente tristes, seus olhares lúridos. Foram tirando, sem importância agora, as fantasias de batráquios. O líder falava com alguém perto dele. O líder tinha voz boa e bonita e agradava a todos. Agora que estavam sem suas fantasias aparentemente túmidas falavam mais abertamente — único ponto positivo daquela noite.
— Não estamos aqui porque queremos mais um encontro e sim somente para dizer que… informá-los que… perdemos o lugar aqui, começou o líder, todos silenciaram. Uns correram a colocar a máscara de sapo.
— Inesperadamente nos comunicaram que é impossível continuar alugando o estacionamento e que vão vendê-lo, ainda assim, podemos comprá-lo, quero dizer… não podemos. Achávamos que na nossa Comunidade haveria alguém com… posses, que nos doasse uma parte de seu pecúlio necessário para continuarmos neste lugar, tão importante, vital. Nos doasse como acontece em outras Ordens. Infelizmente ninguém se apresentou e quando solicitamos vimos que também ninguém é possuidor, tem posses grandes… extensas. Que ninguém é rico o bastante.
Alguns queriam, porque triste, dizer coisas mais agressivas mas desistiam vendo o rosto congestionado do líder. Ele — que rira de tantas piadas por ser o primeiro a ser tão magro e ter um queixo pontiagudo demais para aquela Comunidade, mas era bondoso e inteligente e simpático — chorava lentamente de um jeito que poucos percebiam. Um então disse que se todos dessem um pouco, se juntassem, se esforçassem: pagariam. Todos concordaram mexendo seus corpos com espasmos flexíveis e satisfeitos. E a solução parecia como um sonho e foram embora com a resolução de se encontrarem amanhã com o dinheiro junto que salvaria o lugar para eles.
Lá está o líder e hoje é uma noite chuvosa, ele começou como se já estivesse falando o dia todo sem pausas:
— Mas mesmo o facho de esperança erguido por um de nossos queridos colegas que pareceu tão forte, se desconectou como fio de aranha sem herdeiros.
Único som imediatamente depois foi um “oh” mal começado e mal terminado. As imagens proferidas pelo líder chocaram todos os colegas. E queriam ir embora o mais rápido mas ainda saber o que de mal dera errado. Seus sapatos coloridos se mexiam ansiosos, ora contidos ora incontidos.
— O que aconteceu?!?, Disseram.
Então o líder falou pela última vez, respondendo pela primeira vez sem o sorriso de início:
— E vimos que seremos herdeiros sem herdeiros. Hoje todo o dia continuaram chegando mensagens de nossos colegas da Comunidade. Eram mensagens de desligamento. Um após o outro, e às vezes duas mensagens de um, todos os integrantes mandaram mensagens de desligamento. Prestaram algumas queixas de todo o tipo, desde filhos bastardos até pouco dinheiro por mal investimento. O importante não são as justificativas mas que foi em massa, todos, como um efeito social devastador, se desligaram. Como se todos deixassem o país. Sem ninguém pra gritar nenhures. Antes mesmo da primeira carta eu já preparava a minha de renúncia, e já tinha nas mãos as dos assistentes e junta administrativa. Como podem ver, todos desistiram e eu não entendo. E estou com medo de assumir um porquê simples. E cada um que desistiu resolveu vir mais uma vez. Não entendo. Enfim, todas as cartas, de caráter irrevogável como todos bem escreveram, foram aceitas.
O líder saiu não se sabe se de cabeça baixa ou não, por causa que todos olhavam para o chão. Em todos eles era difícil um pensamento que chegasse a um fim conclusivo. Os conhecidos passaram a se evitar. Sem amargura, sem alarme, sem dificuldade.
O lugar foi sendo utilizado para uma coisa e quando não essa, para outra. Ou as duas juntas, na mesma hora, simultaneamente.
Isso aconteceu mesmo quando as pessoas se tornaram poucas e suas paredes derrubadas, que não mais protegeram o lugar da água da chuva e do vento. Quando as pessoas não passavam mais ali, o lugar já tinha muito mato e poças barrentas ou não. E o lugar à noite era invisível. Depois de tempos em muitos e muitos anos o lugar se tornou mais brejeiro, agora não eram homens vestido de sapos que se reuniam e sim sapos que já tinham sido homens.

Texto de Clayton C.


Depois do texto ainda acrescento uma frase que encontrei hoje na internet,

“Uma grande roda só se forma se as pessoas derem as mãos...”


Abençoem e sejam Abençoados!!!
postado por Anne

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

DA FÉ




Fé sf. (...) 4. Firmeza na execução de uma promessa ou compromisso(...).


Dentre todos os significados que o Aurélio me deu, este é o que mais se equivale àquilo que penso. Incluo aqui também uma visão pessoal deste significado, mas que não consigo traduzir em palavras e, por isso, recorrerei a uma imagem.

E esta imagem vem de uma cinessérie muito famosa dos anos 80: Indiana Jones e a Última Cruzada. Em certa parte nosso herói precisa passar por provações para recuperar uma relíquia antiga e poderosa. Numa delas ele precisa atravessar um grande abismo, porém, não há ponte à vista. Olha para um lado e para o outro e nada de solução aparente.

No entanto a orientação que ele recebera para vencer este obstáculo era a de ter fé. Que a mão Divina não o deixaria cair.

É a fé que impulsiona o herói para frente, apesar das adversidades. Os antigos pagãos sabiam disso como ninguém. Dependentes que eram de suas colheitas, além do conhecimento dos astros e das libações que ofereciam aos Deuses para que esta lhe fosse favorável, só tinham a fé para lhes manter seguros.

Para não estragar a surpresa caso nunca tenha visto este episódio, digo somente que ele atravessou ileso. Para saber o que houve, alugue o DVD. Ou reveja sob uma nova perspectiva! Rs!

Roda do Ano
Traçando uma paralela entre este conceito e nossos sabás atuais, a fé permeia toda nossa Roda do Ano, de Samhain à Samhain. Fé para limpar nossos caminhos, para manter a paz em nossos corações, para acreditar que podemos ter sonhos, no juntar das ferramentas, em nosso esforço, fé no divino, nos cálculos que fazemos, na certeza de que mais trabalhos e vitórias virão e que estaremos prontos à eles.

Em uma iniciação formal e em grupo, apesar das variantes, em determinado momento a fé do ingressante é testada. Apesar de vivermos em tempos e em um país relativamente seguro para nossa prática religiosa, a provação é um hábito que ainda mantemos. Um hábito que ecoa dos tempos em que ter um culto diferente do do Estado era a morte e que o Amor e Confiança eram imprescindíveis.

Hoje temos como inimigos o tempo escasso, a preguiça, a sensação que a Religião é um entretenimento fácil de fim de semana. A provação serve para nos lembrar, Roda após Roda, daquilo que realmente importa. Ela forja nossa fé no fogo.

A fé nos guia quando enxergamos pouco à diante, como um motorista em uma noite escura onde o máximo que vê são os poucos metros iluminados. A fé é nosso farol.

Que a fé nos torne inabaláveis.

Saúde, amizade, liberdade.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

DO GLAMOUR


Glamour... Com certeza você conhece este termo que, até pouco tempo atrás eu achava ser de origem francesa. Mas pesquisando, descobri que sua origem é grega, passando pelo latim, francês e inglês. E esta deriva do termo
grammar, a mesma raiz da palavra gramática. "E daí", pode você pensar... A história não termina aqui.

Livros & magia

Na Idade Média européia poucas pessoas sabiam ler e escrever. O povo via com assombro os clérigos católicos traduzirem o som em sinais gráficos e tinham aquilo como sobrenatural. Logo, tudo ligado ao grammar era oculto, misterioso.

Grammar em escocês escrevia-se com a letra L, ficando então glammar. A língua, como todos sabem, possui vida própria e ao longo dos anos e grammar tornou-se glamour, que também significava feitiço.

A magia de glamour nos chega em uma obra muito conhecida do círculo pagão: As Brumas de Avalon, onde Pendagron toma o lugar na cama do Duque de Gorlois graças a vários elementos reunidos, além da magia de Merlin. Me ocorreu ainda outra obra, do escritor Humberto Eco, chamada "O Nome da Rosa", sobre o poder da palavra. Se não leu, recomendo.

Mas além do glamour como ato mágico, há também uma condição humana que envolve status, poder e fama

Narciso

Em muitos cultos multidões se reúnem em adoração a um sacerdote em específico, as vezes viajam quilômetros para participar de seus rituais vistosos. Como lidamos sobretudo com a emoção, não é raro que isto aconteça, este apego a uma personalidade mais aparente. Mas temo que isto aconteça na Wicca, apesar de seu caráter descentralizado.

Curiosamente o que mais auxiliaria esta guinada é o grande número de wiccanos solitários. Muitos por opção, pois não "conseguem trabalhar magicamente em grupo", apesar de viverem em uma sociedade gigantesca e complexa a maior parte de suas vidas.
Não vivem em comunidades, mas participam em encontros com dezenas de pessoas em datas específicas (senão raras) e compartilham duas ou três horas, voltando sozinhos para suas casas.

Não há assim vínculo com grupos próximos ou com a terra onde vivem. De certo modo, estariam "desconectados".
O que os une é esta figura carismática. Nestes casos, o glamour pode ser nocivo pois o foco de toda esta energia não é a comunidade, mas o indivíduo.

Máscara
Voltemos ao glamour como ato mágico. Tomando os fóruns das comunidades sobre Wicca e Bruxaria do Orkut como referência, as pessoas desejam ter a magia do glamour como uma máscara. Ou, na pior das hipóteses, como uma forma barata de maquilagem. Como os motivos para desejar aprender esta prática mágica quase não são revelados revelados, só se pode especular seus propósitos.

O problema do glamour é que dura pouco, não é resistente a dura realidade. Uma imagem precisa de uma base firme para sustentar-se. Sem ela, tudo ruirá como um castelo de cartas. Esta é a natureza do glamour, efêmera. E, em algum momento, o elástico se quebra e a máscara cai. Que o rosto embaixo lhe tenha servido de molde!

Acredito que nossa religião tenha que ser profunda no conhecimento, mas simples no trajar. Athames de prata e túnicas púrpuras são vistosos e fazem parte do imaginário pagão, mas não é isto que a Wicca representa. Nem tão pouco centrar-se sob duas ou três figuras, para que aquilo que dizem não seja dogma, mas pensamento passível de verificação.

Saúde, amizade, liberdade.

E, já que estamos no carnevale uma marchinha despretensiosa, só para quebrar qualquer efeito glamouresco que este texto lhe causou.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

SER OU NÃO SER VEGETARIANO


Muitas religiões impõem a seus membros tabus alimentares em determinados períodos ou em caráter permanente:

*judeus e muçulmanos não consomem carne de porco, sendo que aos judeus soma-se a proibição de frutos do mar como ostras e mariscos. Peixe tudo bem.

*cristãos católicos não comem carne no período da Quaresma. Testemunhas de Jeová não comem derivados de sangue (até onde sei, nem mesmo transfusões de sangue eram permitidas, mas isso pode ter mudado).


Não há restrições a alimentação dos wiccanos, a não ser que estas firam o bom-senso. Muitos se relacionam com carnes e derivados em vários níveis:


*comem


*comem, mas com restrições de quantidade ou periodicidade (semanal, quinzenal, mensal)


*não comem carnes (brancas ou vermelhas), mas não recusam derivados (ovos, leite etc)


*não comem carnes e derivados.
Os motivos são de ordem pessoal ou do coven, que possui autonomia para decidir tais assuntos, dentro dos princípios, caráter e objetivos do mesmo e segundo as diretrizes da Religião.

Estes pontos não são consensuais, como verá nos próximos relatos, pois não temos um "Livro Sagrado" enviado à nós por um profeta ou assemelhado.

Neste, como em outros casos, vale a conversa e bom-senso como já disse.

E você, o que acha?

Saúde, amizade, liberdade.