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terça-feira, 21 de setembro de 2010

AS LIÇÕES DO PEQUENO PRÍNCIPE



Olá a todos!

Apesar de não haver coleta seletiva em minha cidade faz algum tempo que resolvi o problema de meu lixo seco, se é que "lixo" é o termo mais adequado. Afinal, a palavra remete a algo que não tem mais serventia e com o reuso & reciclagem, os materiais ganham vida nova.

Agora comecei a fazer seriamente compostagem no quintal de casa. E picando algumas cascas de fruta na pia da cozinha para por na composteira e facilitar a vida das minhocas.

As sobras tem novo destino com a compostagem que hoje alimenta o jardim de roseiras daqui de casa. E ali agachado diante das rosas lembrei do planeta B-612 e do seu nobre proprietário, o Pequeno Príncipe. Pensei "Se tivesse um mundo pequeno como o dele não poderia ser irresponsável com as coisas que jogo fora. Afinal, meu mundo seria o meu quintal".

E pensei mais: "as pessoas não cuidam do mundo porque há uma separação na cabeça delas. Para elas tem o mundo e tem a casa delas. No entanto ambas são a mesma coisa, pois o mundo é formado por uma porção de quintais". Agachado ali diante das roseiras no dia de Ostara, sob o céu azul, relembrei uma verdade fundamental: a gente só cuida daquilo que ama.

O mundo que temos e do qual precisamos cuidar não cativa a maioria das pessoas. Sabe por quê? É um círculo vicioso onde pessoas doentes ou distraídas enfeiam, sujam e destroem as coisas ao seu redor. E ninguém cuida de algo que está feio ou abandonado.

Mas aqui escrevo sobre pessoas sonâmbulas, que estão apenas andando, falando, comendo e copulando. Elas não estão realmente acordadas logo não posso esperar muito delas. Porém, você que me lê, você sim está desperto. A maior prova está aqui, está me lendo e querendo saber.

Agachado diante das rosas nesta manhã de Ostara, penso que nós os despertos precisamos tornar o mundo belo para que as pessoas sejam por ele cativadas assim como o Pequeno Príncipe fez com a Raposa. Cada varrer de rua, cada pincelada na fachada da casa, cada flor plantada em uma praça é um gesto de amor e também um gesto político, de afirmação.

E está afirmação diz que nesta e nas outras Primaveras o seguinte brado: não desistiremos assim tão fácil.

Ps: Tem um formigueiro que se instalou recentemente no canto do jardim e estamos em conversações diplomáticas para saber se teremos uma convivência tranquila. O tempo dirá.

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