Páginas

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DO INOMINÁVEL





Existe algo dentro e fora de mim que não posso nomear. Algo que só posso sentir sem poder dar-lhe uma forma, uma voz. É o Mistério, algo a ser vivenciado antes de ser descrito ou provado.
Diante deste Inominável nos sentimos minúsculos, o que geral um nó na garganta difícil de desatar. As pernas fraquejam e o coração bate tal qual um tambor dentro do peito.

Não nego que dar-lhe um rosto familiar que possa interceder entre o Absoluto e meu sentimento de assombro.
Muitos querem provar ou não a existência do Divino, como se fosse possível. Pois não é. O Divino não existe. Talvez você imagine isto como heresia, mas eu vou explicar.


O que é existir?

A existência e sua comprovação é um saber cientifico. O ser existente é algo que vive em nosso real, que pode ser pesado, medido, saboreado, visto, ouvido, algo com que podemos nos relacionar diretamente e manter um comunicação. E o Divino não pode fazer nenhuma destas coisas. O Divino interage conosco em nível mais sutil.

É como estar apaixonado, sabe? Quem pode dizer ou provar que está apaixonado? Como medir o tamanho do amor? O amor não tem proporções e nem há ninguém que possa provar ou não sua existência. No entanto centenas de pessoas afirmam seguramente que o conhecem? Como é possível?



Experimente

Ter contato com o Divino é como o Amor: é preciso viver o momento. É preciso experienciar. Sem a experiência é impossível falar tanto de amor assim como do Divino. Só quem a vive sabe da dor e da delícia de estar imerso nestas sensações.

Para acessar o Divino não basta o conhecimento dos livros, mas também de fé. A fé nasce e mantém através dos ritos, dos sabás e esbás, da comunidade. Sem estes elementos a fé não se mantém, nem o grupo. Tudo está interligado.

Se você vive, você sabe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cultivaram esta Semente: