Olá à tod@s!
Quero dividir com vocês um pensamento que tive sobre autodefesa ao ver algumas aulas de judô ministradas por um morador aqui do condomínio para os moradores, a preços módicos. Se falar para vocês que vivemos tempos difíceis no que se refere à violência, estarei meio certo. Os noticiários não falam nada de novo quando somos informados sobre atos violentos contra pessoas em nome de crimes comuns. O fato é que a humanidade sempre viveu tempos difíceis na sua relação com o outro. As lutas contra atacantes eram comuns para a defesa da própria vida contra estupros, escravidão ou tomada de bens. Portanto era essencial saber lutar e estar pronto para isso, se possível com armas.
Falo aqui de um tempo em que as pessoas não moravam em cidades, este fenômeno moderno, mas em fazendas distantes umas das outras, sem uma força pública organizada que fizesse frente a assaltantes nas estradas ou invasores de propriedades. Para os agricultores destes tempos, a defesa de seus bens, sua vida e família dependiam unicamente de si. Para tanto, seus instrumentos de trabalho tornavam-se armas poderosas já que possuir armas convencionais era considerado crime por muitos governantes. Sabe como é, medo de revolução...
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No entanto, nos tempos modernos somos convidados pelos especialistas da segurança pública a não revidar, a nos submeter ao atacante na esperança que ele nos tome o que quer e deixe nossa vida mais ou menos intacta. Graças a proliferação das câmeras, tomo contato com cenas de violência que me deixam perplexo. Pessoas mesmo submetidas são executadas, como aconteceu com o jovem Carlos. As cidades são as novas florestas de concreto, onde de cada sombra escura pode saltar um atacante e roubar de tudo, inclusive minha vida.
Anos atrás duas amigas bruxas me contaram sobre uma tentativa frustada de assalto sofrida por elas, evitada pela visão acidental de um athame no porta-luvas no carro delas: ambas vinham de um ritual, rs!
Talvez seja tempo de rever nossa vocação de dar a outra face, de entregar tudo, de deixar o abuso acontecer. Talvez seja tempo de preparar o corpo e a mente para guerra, se a guerra vier. Ou para a paz, se a paz acontecer. Talvez seja o momento de ocupar o espaço vazio, de chamar Apolo e organizar o caos. Talvez seja a hora de perceber que viver não é tudo, se for para viver com medo e de joelhos, esperando o metal frio na nuca.
Talvez os tempos são sejam difíceis. Talvez nunca tenha sido fáceis.
Reflitamos!
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