Páginas

sábado, 25 de julho de 2009

DO ORGULHO





Moro em um bairro periférico da cidade. E nesta situação, andando pelas ruas e observando com atenção eu percebi, olhando para dentro das igrejas, que existe uma forma de culto que eu acho muito estranha.
No comecinho da noite, quando volto do trabalho, vejo as pessoas de joelhos dobrados, com as cabeças encostadas nas cadeiras. Independente da nomenclatura, é algo comum. Eu vi e me arrepiei.

Como wiccano, esta cena me é muito estranha, realmente. Certa vez uma sacerdotisa me disse: a Deusa se orgulha quando trabalho, mas se alegra quando danço. Então essas duas informações se combinaram na minha cabeça e percebi que estava arrepiado. Eu jamais seguiria uma divindade cuja exigência fosse a minha submissão.

Então fui tomado por um sentimento de gratidão enorme pelo Deus e pela Deusa em suas infinitas formas. E de orgulho também, por que não? Eles não regateiam pela minha devoção, não me fazem exigências impossíveis ou me ameaçam. O Casal Divino me abençoa a cada manhã e diz: você é responsável pelos seus atos. Seja adulto e faça boas escolhas.





Escolhas
 

Conversando com pagãos pessoalmente ou via net, pouca gente se dá conta das exigências do sacerdócio. De que há uma comunidade a ser atendida, ritos a serem cumpridos. Muitos buscam na iniciação fast-food poderes sobre-humanos. Mas não há poder, só dever. Foi assim com outros antes de mim, e é assim comigo. E deste modo eu tento seguir.

Nem sempre eu chego lá, é verdade. Mas esta mudança simples de foco, da infantilidade espiritual para a tomada das rédeas de meu destino para servir à comunidade não coloca nos Divinos Ombros toda a carga do que faço.
Logo, minha caminha sobre a terra é minha escolha. Viver assim, pensando bem, exige muita força e a cada dia o mundo me pergunta se aceito a responsabilidade. Enquanto for pagão, a resposta será sempre "sim"!


E sem precisar me sentir mal por ser simplesmente humano.

2 comentários:

  1. Belo texto, irmãos!

    É maravilhoso quando nos damos conta do quão bela é nossa religião. E ao contrário do que muitos dizem, ela não é anacrônica, não morreu no passado como dizem alguns românticas e se aplica muito bens aos dias tumultuados de hoje.

    Bênçãos de Diana!

    .

    ResponderExcluir
  2. Lindo texto!

    Só vem mostrar que os Deuses estão vivos e nunca se foram, só ficaram um pouco afastados esperando nossa memória os ouvir...

    Seja sempre abençoado!

    Anitsi ou Ani, como preferido,rsss

    ResponderExcluir

Cultivaram esta Semente: