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sábado, 22 de novembro de 2008

DA PRESSÃO


Quando estamos em uma situação de grande emoção, nosso corpo libera um hormônio chamado cortisol. Já assistiram "Velozes e Furiosos"? Quando os corredores querem dar um "gás", injetam no combustível um aditivo para fazer a máquina voar pelas ruas. Então, o cortisol é a nossa "nitro". Ele é jogado no sangue para que o corpo nos dê respostas rápidas baseadas na emoção que vivemos. Isto é estresse.


Bater ou correr

Agora veja bem, a gente costuma culpar o corpo por tudo que ocorre, sem lembrar que fazemos parte de um organismo bem maior chamado sociedade. E nela vivemos de maneira refrear nossas emoções, seja por uma questão de civilidade (porque pisaram no nosso pé no ônibus), seja por coação (porque nosso chefe chega gritando, estando ele certo ou não).

Normalmente numa situação dessas a gente expressa uma reação condizente (negociação, luta ou fuga). Mas na maioria das vezes nos calamos por medo de alguma violência, seja verbal, física, social.

Queremos várias coisas, não fazemos nenhuma. É a angústia batendo, e ela abre a porta para o estresse de forma ruim.

Nossa sobrevivência até aqui se deu pelo estresse. Graças a ele a gente não caía das árvores, pressentíamos os perigos e lutávamos quando era para lutar, ou fugíamos quando era para fugir.


Ai, que dor de cabeça!

Nós maquiamos nosso estresse no cotidiano com diversos métodos. Somos moldados não a agir racionalmente, a buscar o diálogo, mas a não reagir a agressões, ou ministrar drogas para ocultar seus sinais. O horário nobre, aquele onde o peão chega cansado da lida, está cheio de maracujinas, dorils, activas. E quem garante que não é nosso estilo de vida que tanto defendemos que justamente está nos matando?



Mudar só sua vida?

Creio que os membros religiosos wiccanos devem orar à noite, agradecendo as proteções e pedindo forças para a manhã seguinte. Mas muito do que precisamos não depende só da gente. Vivemos em sociedade, e esse ela está doente, adoecemos junto. O estresse negativo, aquele que nos trava, causa doença e tal, vem destes desequilíbrios: o interno e o externo.
Acredito que uma vida espiritual ativa é benéfica para ajudar as pessoas não só nos períodos de estresse negativo, mas também no reconhecimento das coisas boas que acontecem e que nem sempre chegamos a agradecer ao Divino.
O melhor é buscar dentro de nós a solução se dentro este alinhamento, esta concórdia. É preciso diagnosticar aonde e como fazer esta cura, primeiro em nós, depois neste imenso corpo que é nossa sociedade. É, eu sei... tarefa das grandes.

Pensemos nisso.


Saúde, amizade, liberdade.

2 comentários:

  1. Eu acho que fomos criados de maneira tão errada =/

    *sendo irônica*"vc acha??"

    ahhahahahaha^^" então...mas está em nossas mãos criar nossos filhos de maneira diferente! E ensinar (quem for educador, professor, etc)
    outras crianças a reagir prontamente nesse mundo em que vivemos, não como descontrolados que qualquer coisinha vai espancar alguém...mas a reconhecer os limites do seu próprio território e do outro...e a se defender^^

    A serem astutos e desenvolverem a estratégia e o raciocínio...pra quando não conseguirem se defender pela força...que se esquivem (e saber quando agir de um jeito ou de outro nas várias situações da vida)

    Eu teria me sentido muito melhor em vários momentos da minha vida tendo agido de outra maneira...=/ atacado quando era pra atacar...fugido quando era pra fugir...mas não soube diferenciar uma situação da outra...nem reagir...porque fui ensinada a "não agir".."não ver"..."não dizer"

    Adorei seu texto! Bençãos da Mulher Selvagem pra ti^^...pelo cheiro de chuva...pela grama...e a pata traseira da raposa...

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  2. A gente setoriza as coisas. As meninas a serem inocentes, bobinhas. Os meninos a serem velhacos, espertos. Quem sai do esquema é marginal.

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