Olá à tod@s.
Recentemente realizei um sonho antigo e comprei uma moto custom da fabricante Yamaha. Sempre achei curioso os nomes que os fabricantes dão às suas criações. Essa custom por exemplo tem o nome de Virago, que pela minha e-pesquisa, significa mulher lutadora. Uma Amazona, uma Valkíria, rs! Eu a chamo carinhosamente de A Poderosa, como a moto do Che Guevara.
Mas quero falar de outro modelo, uma trail que despertou minha paixão pelas motos quando eu ainda era jovem e trabalhava na fábrica da Yamaha na cidade onde moro. A Ténéré é uma moto gigante, feita para atravessar terrenos inóspitos. Pesquisando descobri nome mito apropriadamente vem do deserto de Ténéré, no Níger (norte da África).
É neste deserto que vivia a Árvore de Ténéré.
Farol do Deserto
Esta árvore era uma sobrevivente, a última de sua espécie na região. Os tuaregues do deserto tinham por ela um respeito sagrado, pois sua visão no horizonte significa que sua longa caminhada tinha acabado e a caravana teria água, comida e abrigo em breve. Tem um verbete dela na Wikipedia.
Achei incrível que essa árvore tenha resistido ao deserto mas tenha sido alvo de um motorista bêbado e sucumbido. O cara tem que ser bom para acertar uma árvore no meio do nada.
No lugar, para marcar sua antiga presença, colocaram uma escultura em metal.
E você tem algum ponto de referência quando retorna de uma longa viagem?
domingo, 5 de fevereiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
CAMINHO DE SAROS
Olá à tod@s! Há tempos penso em fazer uma viagem internacional com fins devocionais. São tantos lugares como as Pirâmides no Egito, Machu Pichu no Peru, Stonehenge na Grã-Bretanha, ou a Ilha de Creta na Grécia. A lista é grande.
E não seria nada mal estar em um desses lugares vivenciando um eclipse solar ou lunar, não é verdade? Graças aos antigos babilônicos, é possível calcular o lugar e a hora exatas desses encontros entre o tempo e o espaço.
O Caminho de Saros
O Caminho de Saros é efêmero. Trata-se do trajeto que a sombra da lua ou da Terra fazem na superfície da Terra ou da Lua em tempos regulares. Chamamos isso de eclipse solar. Este ciclo foi registrado pela primeira vez pelos povos babilônicos e sua perfeição é matemática.
Os benefícios deste conhecimento se refletem até hoje, que chegou até nós graças aos romanos e gregos. Aliás, um dos primeiros computadores antigos, a máquina Anticítera encontrado na litoral grego, calculava entre outros eventos astrológicos a previsão de eclipses.
A beleza destes eventos é admirada desde que o gênero humano levantou a cabeça e se reconheceu como ser pensante, à mais de 10 mil anos. E esta capacidade de se separar do ambiente ao seu redor e assumir o papel de observador permitiu se assombrar e depois entender o mecanismo do Sol e da Lua.
Isso faz com que um grupo de entusiastas armados de mapas, calculadoras e telescópios vagem pelo planeta "caçando" eclipses, seja para estudar os fenômenos para entender o Universo, seja para simplesmente bater palmas. Acho que me encaixo na segunda categoria por hora, rs!
Neste site é mostrado datas e locais dos eclipses pelo mundo. Enjoy, pois é em inglês.
E você, aonde gostaria de viver esta experiência?
E não seria nada mal estar em um desses lugares vivenciando um eclipse solar ou lunar, não é verdade? Graças aos antigos babilônicos, é possível calcular o lugar e a hora exatas desses encontros entre o tempo e o espaço.
O Caminho de Saros
O Caminho de Saros é efêmero. Trata-se do trajeto que a sombra da lua ou da Terra fazem na superfície da Terra ou da Lua em tempos regulares. Chamamos isso de eclipse solar. Este ciclo foi registrado pela primeira vez pelos povos babilônicos e sua perfeição é matemática.
Sombra da Lua |
Os benefícios deste conhecimento se refletem até hoje, que chegou até nós graças aos romanos e gregos. Aliás, um dos primeiros computadores antigos, a máquina Anticítera encontrado na litoral grego, calculava entre outros eventos astrológicos a previsão de eclipses.
A beleza destes eventos é admirada desde que o gênero humano levantou a cabeça e se reconheceu como ser pensante, à mais de 10 mil anos. E esta capacidade de se separar do ambiente ao seu redor e assumir o papel de observador permitiu se assombrar e depois entender o mecanismo do Sol e da Lua.
Máquina Anticítera |
Isso faz com que um grupo de entusiastas armados de mapas, calculadoras e telescópios vagem pelo planeta "caçando" eclipses, seja para estudar os fenômenos para entender o Universo, seja para simplesmente bater palmas. Acho que me encaixo na segunda categoria por hora, rs!
Neste site é mostrado datas e locais dos eclipses pelo mundo. Enjoy, pois é em inglês.
E você, aonde gostaria de viver esta experiência?
domingo, 22 de janeiro de 2012
AUTODEFESA
Olá à tod@s!
Quero dividir com vocês um pensamento que tive sobre autodefesa ao ver algumas aulas de judô ministradas por um morador aqui do condomínio para os moradores, a preços módicos. Se falar para vocês que vivemos tempos difíceis no que se refere à violência, estarei meio certo. Os noticiários não falam nada de novo quando somos informados sobre atos violentos contra pessoas em nome de crimes comuns. O fato é que a humanidade sempre viveu tempos difíceis na sua relação com o outro. As lutas contra atacantes eram comuns para a defesa da própria vida contra estupros, escravidão ou tomada de bens. Portanto era essencial saber lutar e estar pronto para isso, se possível com armas.
Falo aqui de um tempo em que as pessoas não moravam em cidades, este fenômeno moderno, mas em fazendas distantes umas das outras, sem uma força pública organizada que fizesse frente a assaltantes nas estradas ou invasores de propriedades. Para os agricultores destes tempos, a defesa de seus bens, sua vida e família dependiam unicamente de si. Para tanto, seus instrumentos de trabalho tornavam-se armas poderosas já que possuir armas convencionais era considerado crime por muitos governantes. Sabe como é, medo de revolução...
Sic Vis Pacem Para Bellum
No entanto, nos tempos modernos somos convidados pelos especialistas da segurança pública a não revidar, a nos submeter ao atacante na esperança que ele nos tome o que quer e deixe nossa vida mais ou menos intacta. Graças a proliferação das câmeras, tomo contato com cenas de violência que me deixam perplexo. Pessoas mesmo submetidas são executadas, como aconteceu com o jovem Carlos. As cidades são as novas florestas de concreto, onde de cada sombra escura pode saltar um atacante e roubar de tudo, inclusive minha vida.
Anos atrás duas amigas bruxas me contaram sobre uma tentativa frustada de assalto sofrida por elas, evitada pela visão acidental de um athame no porta-luvas no carro delas: ambas vinham de um ritual, rs!
Talvez seja tempo de rever nossa vocação de dar a outra face, de entregar tudo, de deixar o abuso acontecer. Talvez seja tempo de preparar o corpo e a mente para guerra, se a guerra vier. Ou para a paz, se a paz acontecer. Talvez seja o momento de ocupar o espaço vazio, de chamar Apolo e organizar o caos. Talvez seja a hora de perceber que viver não é tudo, se for para viver com medo e de joelhos, esperando o metal frio na nuca.
Talvez os tempos são sejam difíceis. Talvez nunca tenha sido fáceis.
Reflitamos!
Quero dividir com vocês um pensamento que tive sobre autodefesa ao ver algumas aulas de judô ministradas por um morador aqui do condomínio para os moradores, a preços módicos. Se falar para vocês que vivemos tempos difíceis no que se refere à violência, estarei meio certo. Os noticiários não falam nada de novo quando somos informados sobre atos violentos contra pessoas em nome de crimes comuns. O fato é que a humanidade sempre viveu tempos difíceis na sua relação com o outro. As lutas contra atacantes eram comuns para a defesa da própria vida contra estupros, escravidão ou tomada de bens. Portanto era essencial saber lutar e estar pronto para isso, se possível com armas.
Falo aqui de um tempo em que as pessoas não moravam em cidades, este fenômeno moderno, mas em fazendas distantes umas das outras, sem uma força pública organizada que fizesse frente a assaltantes nas estradas ou invasores de propriedades. Para os agricultores destes tempos, a defesa de seus bens, sua vida e família dependiam unicamente de si. Para tanto, seus instrumentos de trabalho tornavam-se armas poderosas já que possuir armas convencionais era considerado crime por muitos governantes. Sabe como é, medo de revolução...
Sic Vis Pacem Para Bellum
No entanto, nos tempos modernos somos convidados pelos especialistas da segurança pública a não revidar, a nos submeter ao atacante na esperança que ele nos tome o que quer e deixe nossa vida mais ou menos intacta. Graças a proliferação das câmeras, tomo contato com cenas de violência que me deixam perplexo. Pessoas mesmo submetidas são executadas, como aconteceu com o jovem Carlos. As cidades são as novas florestas de concreto, onde de cada sombra escura pode saltar um atacante e roubar de tudo, inclusive minha vida.
Anos atrás duas amigas bruxas me contaram sobre uma tentativa frustada de assalto sofrida por elas, evitada pela visão acidental de um athame no porta-luvas no carro delas: ambas vinham de um ritual, rs!
Talvez seja tempo de rever nossa vocação de dar a outra face, de entregar tudo, de deixar o abuso acontecer. Talvez seja tempo de preparar o corpo e a mente para guerra, se a guerra vier. Ou para a paz, se a paz acontecer. Talvez seja o momento de ocupar o espaço vazio, de chamar Apolo e organizar o caos. Talvez seja a hora de perceber que viver não é tudo, se for para viver com medo e de joelhos, esperando o metal frio na nuca.
Talvez os tempos são sejam difíceis. Talvez nunca tenha sido fáceis.
Reflitamos!
domingo, 15 de janeiro de 2012
GOIABAS VERDES
Olá à tod@s.
Quero dividir com vocês uma nova visão das coisas que adquiri recentemente. Morando na periferia, no limite entre as zonas urbana e rural de uma das grandes cidades brasileiras a gente vê cenas bem pitorescas mas não se dá conta disso. Uma delas é o ver crianças subindo nos pés de goiabas a buscar as frutas ainda verdes no início do Mabon.
Em meu bairro não são muitas as árvores de rua que sejam frutíferas. Tem duas ou três goiabeiras, uma pitangueira, um abacateiro e uma amoreira.
Vê-los ali trepados nos galhos lisos me levou à boca o gosto adstringente da fruta verde e de carne branca dura, resultado da meninice que não sabe esperar. Mas também eu pegava porque não o fizesse me condenava a não achar nada nos dias que se seguissem, pois poucos eram pés plantados pelas ruas da cidades. E tudo que é pouco em oferta sofre por ser disputado.
Hoje estou na fase de plantar árvores. Quem sabe com mais opções eu posa finalmente pegar do pé um fruto maduro e come-lo como se deve. Minhas mudas de pitangueiras vão de vento em popa. Agora é esperar as chuvas de setembro para plantar meus presentes para os moleques do futuro.
À tod@s, felicidades.
Quero dividir com vocês uma nova visão das coisas que adquiri recentemente. Morando na periferia, no limite entre as zonas urbana e rural de uma das grandes cidades brasileiras a gente vê cenas bem pitorescas mas não se dá conta disso. Uma delas é o ver crianças subindo nos pés de goiabas a buscar as frutas ainda verdes no início do Mabon.
Em meu bairro não são muitas as árvores de rua que sejam frutíferas. Tem duas ou três goiabeiras, uma pitangueira, um abacateiro e uma amoreira.
Meus pezinhos de pitanga! |
Vê-los ali trepados nos galhos lisos me levou à boca o gosto adstringente da fruta verde e de carne branca dura, resultado da meninice que não sabe esperar. Mas também eu pegava porque não o fizesse me condenava a não achar nada nos dias que se seguissem, pois poucos eram pés plantados pelas ruas da cidades. E tudo que é pouco em oferta sofre por ser disputado.
Hoje estou na fase de plantar árvores. Quem sabe com mais opções eu posa finalmente pegar do pé um fruto maduro e come-lo como se deve. Minhas mudas de pitangueiras vão de vento em popa. Agora é esperar as chuvas de setembro para plantar meus presentes para os moleques do futuro.
À tod@s, felicidades.
domingo, 8 de janeiro de 2012
OS BONS INIMIGOS
Na cena, João Pequeno dando um banho em Robin Hood |
Quero dividir com vocês uma percepção que só o tempo pode oferecer enquanto assistia a um antigo filme. A obra em questão é "As Aventuras de Robin Hood", com um ator que meu pai gostava, Errol Flinn. Lembro de assistir com ele no sofá quando criança. Mas com a soma de conhecimento que tenho hoje, já adulto, me deu algumas novas percepções.
A mais interessante delas foi a da luta de Robin com João Pequeno em cima de uma ponte sobre um riacho. Curiosamente Robin perde a disputa, algo raro para acontecer a um herói. O mais raro ainda é que ambos saem do rio para se tornarem amigos leais. Aliás, considero João Pequeno um verdadeiro braço-direito de Robin.
Penso que o imaginário celta, do qual o mito com certeza se originou, vê herói com um pouco mais de humanidade, passível de cometer erros e ter fraquezas e ter a nobreza de reconhece-las. Nobreza também de João Pequeno, que não se aproveitou do fato para se tornar líder do grupo que se formava. Temos um exemplo diferente de liderança aqui, onde ela é provada constantemente e não vem exclusivamente da força bruta, mas também do reconhecimento de seus pares.
Tem certos inimigos que nos fazem melhorar, assim como as pedras afiam as espadas. Quando estiver em luta, lembrem-se disso!
Saúde, amizade, liberdade.
Sergio Thot
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