
“As mudanças climáticas afetam de maneira direta as condições de vida e de trabalho das mulheres, particularmente por sua proximidade aos elementos de vida, como a agricultura, seu contato com a água e para poder cumprir com o ciclo de cuidado da vida que lhe foi transferido como responsabilidade prioritária.
"Nosso papel na alimentação é fundamental, é um dos âmbitos mais afetados; e em todo o ciclo do plantio e de colheita, de processamento de alimentos e no espaço urbano na provisão de alimentos do dia a dia, são geradas situações de escassez e carência, tudo isso torna mais complexa a situação de trabalho das mulheres”
Magdalena León, Coordenadora da REMTE (Rede Mulheres Transformando a Economia do Equador)
Eis um evento não muito divulgado pela grande mídia mas que merece meu destaque: a Marcha Mundial das Mulheres. Afinal, quem deseja que metade do planeta tome consciência de sua própria força?
A frase acima foi proferida em um dos encontros destas mulheres guerreiras realizado em Cochabamba, na Bolívia. O argumento é simples: boa parte das populações humanas ainda vive da agricultura de subsistência, extravismo ou outros que, em geral, é administrada pela mulher.
Isso quando a própria não é a chefe da família, o que é muito comum nos países em guerra. Nas reportagens de países assolados por algum evento natural mais pesado, como deslizamentos ou terremotos, ou furacões. Cabem a elas por a casa em ordem toda vez.
Devolver a rotina à família. Logo elas são as primeiras a serem afetadas e as últimas a terminar de trabalhar. Por isso são as que melhor conhecem os ciclos do sol e da lua. Até porque elas os vivem em seu útero, no caso do último. Elas tem que sabe-lo para melhor se prepararem para o impacto, entrando aí a intuição.
E a intuição mais uma vez a levou por caminhos inusitados. E estes caminhos seguem em várias direções, como as Marchas mostram. Cliquem nos links e acompanhem as ideias.