Páginas

sábado, 15 de novembro de 2008

DOS DRAGÕES





Os dragões, cobras aladas e outros répteis gigantes fazem parte do imaginário popular de quase todos os povos do planeta. Não raro associam-se à forças naturais indomáveis como vulcões, rios, tempestades.
São o caos natural primordial, como Tiamat, a grande serpente Apep, a Serpente de Adão e Eva, Macha Pacha, o dragão sem nome de São Jorge.


Discute-se ainda como povos de todas as partes do globo possuem visões semelhantes sobre estes grandes répteis. Talvez seja pela observação de fósseis de dinossauros. Não me surpreenderia. Diz a lenda que a palavra mamute é de origem asiática, provavelmente chinesa, para descrever esses animais que se pensava serem castores gigantes!


No Brasil também tem Dragão
E não falo dos Dragões da Independência, a guarda real  criada por D. João e que acompanhava D. Pedro I , testemunhando a Declaração da Independência do Brasil em 1822 e que ainda guarda o chefe do governo executivo desta nação.

Nosso dragão é a Cobra Grande, a serpente de Fogo, o Boitatá. Reza a lenda que esta entidade vaga pelas matas e é impiedosa contra caçadores cruéis, que caçam por prazer e não fome. Sua ira também se volta para os que promovem incêndios criminosos. Cruzar com ela devia ser o maior terror dos antigos povos que andavam pelas florestas.


 
Rios Serpenteantes
 
Os rios sempre invocaram imagens de serpentes, com muita propriedade aliás. Suas margens sinuosas são um convite para a contemplação e fascínio ao mesmo tempo que chegar com imprudência pode causar terríveis acidentes. Um rio que conheço e atendia estas características antes de ser sufocado em suas próprias margens é o nosso Rio Grande, o Tietê.

Dias atrás, enquanto observava o conserto de minha bike na oficina, travei conversa com um antigo morador da cidade. Ele me contou das pescarias nas várzeas do rio nos anos 50 e como ele era fértil. "Peixe agora", me confidenciou, "só da cidade de Salto pra cima". Pena.

Vendo fotos antigas do Tietê que recebia provas de regatas e outros esportes, me pergunto onde foi a vida dele, se entre suas atuais margens de concreto, onde o nome de seus córregos vem escritos próximos buracos de onde jorram uma água fétida e escura, resiste ainda alguma vida.

Esta gigantesca serpente acorrentada, que cruza nosso estado e roça com seu corpo imenso Guarulhos e outras cidades, este rio estará morto pelo São Jorge do progresso?

4 comentários:

  1. sempre houve uma confusão entre dragões e serpentes, por ambos serem répteis. Mas enquanto a serpente é rastejante, o dragão possui patas, e caminha.
    leia o que a Teosofia fala sobre dragões e serpentes, na obra da HPB.
    Além do A bruxa e o Dragão que tú já segues, recomendo também o blog de antologia Cavaleiros e Dragões, e os blogs Dragão Celta e Dragão Sumeriano.
    Achei muita baboseira sobre a Via Draconiana, ligando-a ao Luciferianismo (o que mantém o preconceito, como os que tinham com a Família Adams, seguidora do velho culto ao Dragão, que virou motivo de chacota nos filmes de humor negro), e achei uma comuna sobre Bruxaria Draconiana no orkut, muito boa.
    Com certeza Vlad Dracul também era um adepto, e é sempre confundido com o empalador, que na vdd foi seu filho, Tepes, em cima do qual foi criada a lenda de Drácula.
    Quanto a Wicca Draconiana, tem-se a trad dos Dragões de Avalon, muito boa, que tenta resgatar as trad dos Pendragons.

    ResponderExcluir
  2. Wicca Draconiana... rs! Tive um arranca-rabo com um cara cujo o nome não lembro ligado a esta Tradição, faz uns cinco anos, em um Encontro Anual de Bruxos aqui em SP.

    Curioso é que pensava naquela palestra por esses dias. Onde andará este pessoal? Achei um Magno Constantino, mas não é ele.

    ResponderExcluir
  3. "baboseira sobre via draconiana"?! será que vc sabe o q está dizendo? Talvez vcs não conheçam a Ordem Dragon Rouge (da Suécia)entre outras, e o Ocultismo de LHP (a tradição do Left Hand Path, que abrange muita coisa mesmo). Infelizmente, no Brasil não há mais que dez membros da Dragon Rouge. Mas fazer o quê... nem tudo o que é draconiano é draculesco, né... há muito mais o que se aprender... abçs!

    ResponderExcluir
  4. Ufa! Ainda bem que não entro nestas questões! Quero apenas celebrar meus solstícios e equinócios, meus mortos e meus vivos.

    E o tema desta postagem é mais sobre o dragão que mora em todos os grandes cursos dágua do que sobre as pessoas que os cultuam.

    ResponderExcluir

Cultivaram esta Semente: