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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CULTURA DE PAZ






Como costumo escrever aqui, nossa sociedade é marcada por conflitos. Seja no nível pessoal e familiar até em questões internacionais, pois não raro duas pessoas ou grupos desejam/necessitam da mesma coisa e esta se encontra em escassez.


No entanto há outro tipo de conflito. Aquele onde não há nada em disputa e onde o germe do mal fincou suas raízes. E uso a palavra maldade aqui com muito cuidado, pois não costumo dividir as pessoas assim. Considero que as ações são más, e não as pessoas. Pessoas são simplesmente pessoas. A imagem acima é um exemplo disto.


A omissão dos bons

A foto é icônica. Um homem detendo por alguns minutos a marcha de tanques de fabricação russa que rumavam para a Praça da Paz Celestial, em Pequim. Isto aconteceu em 1989 e acredito que alguns de meus leitores nem eram nascidos nesta época. Vocês sabiam que hoje o governo chinês não permite que os seus cidadãos pesquisem sobre isto na internet? E que o Google é omisso, senão permissiva, com esta restrição?

Eis um gigantesco exemplo de como a omissão diante de uma ação maléfica também caracteriza maldade.



Toda a maldade é um roubo

Toda maldade é um roubo porque esta toma de nós alguma coisas, material ou não: equilíbrio, paz de espírito, sono, apetite, saciedade, liberdade, amor, inocência. Quando defrontados com ela perdemos tudo aquilo que julgamos ser o melhor da humanidade e nos tornamos algo sem nome ou propósito.

Toda maldade toma algo de muito valor para dele se aproveitar pouco. O fato de ser tomado caracteriza este tipo de desperdício. Quando jovem tentaram tomar minha auto-estima por conta da minha cor de pele e tipo de cabelo, o que só consegui resgatar ao longo dos anos, da tomada de ação & consciência. O que queriam disso tudo? Rir um pouco. Tanto por nada.


O que fazer?

Cultura de paz não é a cultura do deixa pra lá. Se assim fosse já viveríamos nela, uma vez que o "isso não é meu problema" é o pensamento presente. Não, não são necessárias ações cinematográficas, grandiosas, para se mudar o presente.

Bastam apenas seguir alguns passos simples.


Acorde

Acordar é questionar. Para realizar maioria de nossas tarefas cotidianas nos induzimos a um estado de sono vigiado. Nossa vida rotineira faz com que prestemos atenção somente na tarefa a ser realizada, o que acaba se ampliando para outros aspectos da vida. Então nem sempre percebemos o mal que estamos fazendo a nós ou a outros por conta disto.


Sinta

Sentir é compartilhar. Coloquei o sentir antes do pensar porque nossa mente racional acertadamente busca manter nossa integridade individual ante a segurança do outro. Por isso pouca gente se joga na frente de um carro para salvar uma criança do atropelamento. Mas é justamente este abandono do conforto e da segurança que caracteriza os loucos e o heróis. E a Deusa sabe o quanto é fina a linha que divindade um do outro.


Reflita

Refletir é solucionar. Eis a linha que divide os loucos dos heróis. Os heróis têm um plano de ação baseado em suas experiências de vida, as pessoas que podem lhe ajudar e os recursos disponíveis. Como fez Ísis, que soube sobre a morte de seu marido e não ficou muito tempo chorando. Levantou-se e foi a luta, resgatando seu corpo que fora dividido e espalho, unindo-o e, através das artes de Thot, devolvendo-lhe a vida.


Aja

A palavra fala por si mesma. As pessoas que fazem ações más não se deterão para executa-las, não se engane. Elas, quando cientes do valor negativo de seus atos, ainda assim dispõem-se a faze-los. Já romperam diversas barreiras culturais e éticas. Até mesmo legais.

As pessoas que fazem ações más não se detem. As pessoas disposta a fazer o bem também têm que possuir a mesma disposição.


Lembra: cultura de paz não é passividade. E que demonizar o outro nunca é boa idéia. Afinal, como canta o Poeta "Mas quem se importa? MAS QUEM SE IMPORTA?! EU ME IMPORTO!!! EU ME IMPORTO!!! PELA PAZ, PELA PAZ, PELA PAZ EM TODO O MUNDO!!!



Sergio Thot





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