"As portas de Durin, Senhor de Moria. Fale, amigo, e entre." Senhor dos Anéis, A Sociedade do Anel - J. R. R. Tolkien
As cavernas, assim como as florestas, são parte integrante do imaginário pagão, se não da humanidade, há muito tempo. Como a Caverna de Cristal, onde Merlin se refugiou, ou a entrada de Moria, na obra de Tolkien.
Ou a obra de Oscar Wilde, que inspirou o título desta blogagem. O livro De Profundis foi escrito durante o período em que Wilde esteve na prisão por sentir o amor que não ousa dizer seu nome.
Platão, em sua obra A República, usou-a como elemento fundamental para ilustrar o desejo dos homens de descobrir a verdade sobre si e sobre o mundo que os cerca: o Mito da Caverna.
Como seria a projeção das imagens
As cavernas são vistas em muitas culturas como a saída do útero da terra, de onde a vida brota. E também são a entra dos Mundos Subterrâneos dos mortos.
Sejam naturais ou escavadas e incluindo aí os iglus, foram as nossas primeiras casas. Nelas contamos nossos sonhos, nossos mais profundos anseios. Como foram as mundialmente conhecidas pinturas de Lascaux, na França. Ou do Vale do Tejo, em Portugal. E no Brasil, no Parque Nacional da Serra da Capivara.
A cena reproduzida ao lado é uma provável ilustração de um parto, encontrado no Parque da Serra da Capivara.
Guardadas as devidas proporções, esses ambientes são parte de nossa Terra Santa. Ao menos para aqueles que não se incomodam com a vida natural, que conseguem sobreviver longe do ar-condicionado, da luz artificial e da vida moderna.
Mas soube através de um blog amigo, o Alta Sacerdotisa, de um projeto do governo em mudar as regras ambientais referentes ao manejo das cavernas do país para o benefício do desenvolvimento industrial.
Recomendo uma leitura do texto de nossa amiga Gaia Lil e tomar ciência do impacto que isso terá na relação que temos com a biodiversidade do planeta.
E como estou a recomendar blogs, leiam também o Universo Eco-Feminino, com a postagem sobre a celebração na gruta de Maria Madalena, na França. E aqui neste link uma matéria interessante disponibilizada pelo UOL Mais:
"A gruta de Santa Maria Madalena se tornou um lugar de peregrinação cristã conhecida.
Sao aproximadamente 1,5 km até a gruta, uma caminhada fantastica pela floresta de Sainte Baume."
Das profundezas a Natureza clama por ajuda.
Post scriptum
Apaixone-se vendo os vídeos do documentário feito pela BBC. São de arrepiar.
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