Olá à tod@s!
Boa parte de meus escritos aqui partem de um pressuposto simples: de que tudo dará certo no final, bastando apenas seguir o plano. Tento assim levar algo de positivos aos que me leem. Mas também já afirmei nestas linhas que somos apenas um ponto nesta imensa trama da vida. Que somos sujeitos à forças maiores que nós e que em geral é mais inteligente e menos desgastante aprender sobre os ciclos destas forças para melhore tirar proveito. Foi este conhecimento que nos fez deixar de coletar raízes selvagens nos campos para semeá-los de acordo com os ciclos das estações.
Mas há tempos em que o tecido da realidade se rasga. E aí é a fome, discórdia, ameaça, luta, racionamento, desconfiança! E o endurecimento do coração frente a novas muralhas que é preciso atravessar de peito fechado e olhos voltados para a sobrevivência pura e simples. Os sonhos são abandonados ao campo precocemente estéril, no mesmo campo onde espadas são desembainhadas.
Pois é. Nem tudo dá certo na vida, por melhores que sejam nossas intenções, apesar de todo planejamento e esforço desprendidos, todo o suor e lágrimas. Às vezes não dá certo mesmo porque o momento de semear era anterior ou não daquela Lua Cheia. As pessoas que vivem da terra o sabem muito bem, certamente melhor que eu, que mesmo com todas as previsões possíveis basta uma praga, uma doença, granizo, água de mais ou de menos, qualquer coisa fora do contexto, para que tudo desande. Observatórios onde sacerdotes-astrônomos seguiam o curso das estrelas são tão velhos quanto a agricultura em grande escala.
Esses homens sabiam que determinadas posições daqueles pontos de luz no céu indicavam a vinda das chuvas, assim como os pescadores conhecem as marés. Os sacerdotes egípcios sabiam ler as palavras de Sírus no céu e sabiam o fluxo do Nilo. Os gregos também dominavam esta nobre arte.
Sírius era conhecida no antigo Egito como Spodet (do grego: Sothis), e está registrada nos registros astronômicos mais antigos. Durante o Médio Império, os egípcios tomaram como base de seu calendário o nascer helíaco de Sírus, ou seja, o dia em que ele torna-se visível pouco antes do nascer do Sol e estando suficientemente afastado do brilho dele. Este evento ocorria antes da inundação anual do rio Nilo e do solstício de verão, após estar ausente do céu por setenta dias. O hieróglifo para Sothis é uma estrela e um triângulo. Sothis era relacionada com a deusa Ísis, enquanto o período de setenta dias com a passagem de Ísis e Osíris pelo tuat, o submundo egípcio. Ver mais AQUI.
Nós também, mesmo não mais plantando e colhendo diretamente os frutos da terra, ainda semeamos e colhemos nossos sonhos e realizações e estes devem ser guardados das pragas que nos rodeiam: ódio, inveja, intolerância, discriminações de todos os tipos.
E mesmo que nosso campo dos sonhos seja devastado e tudo aquilo que alimenta o espírito tenha sido destruído, não se rendam. Só tenham mais cuidado.
Saúde, amizade, liberdade
Sergio Thot.
Talvez a pior delas seja a inveja, por que a pessoa que sente inveja além de não prosperar, quer que o outro não prospere.
ResponderExcluirBoa noite, Nion!
ResponderExcluirEssa é a atitude: perseverar. Duro é perceber isso na hora, ou ouvir os que estão ao nosso lado dando essas palavras de conforto, né?
A gente tem que treinar a capacidade de pegar a corda que nos é estendida nessas ocasiões e reconhecer que as pragas chegam, mas também vão embora.
Felicidades.
Boa noite, amigos do Empório.
ResponderExcluirComo fala aquela frase, a inveja é uma merda. E a inveja que laça nosso pé e nos arrasta para o fundo é pior. É onde entra a corda lançada que citei logo acima.
É na ajuda que devemos focar. E saber que a ajuda também passa, que precisamos nos preparar para a retomada dos campos dos sonhos com nossas próprias pernas.
Felicidades!