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domingo, 30 de setembro de 2007

DO FIM DO MUNDO




Por S. Thot


Afim de comentar o tema é preciso determinar antes o que é mundo, e o que é fim.
Entre as classificações dadas pelo Aurélio, há uma que se encaixa no significado cotidiano: mundo é sociedade, a o tempo contemporâneo.
E fim é a conclusão de algo, entre outras explicações.


Para mim, estes dois significados se complementam no pensar pagão. Mas antes, falemos sobre como a forma de pensar da religião majoritária define o Fim do Mundo. Afinal, ela nos influencia de um modo ou de outro!

O povo fala por aí que...
A tradição religiosa majoritária de nosso país diz que no Princípio era o Caos. Então a Divindade criou o Céus, a Terra, vegetação, animais e humanos.

O curioso nesta história é que apesar dos registros relatarem um casal primordial e dois filhos (e um foi morto), o remanescente parte pra se casar em outra freguesia...

Epa! Então tinha mais gente no mundo? Haviam outras famílias? De onde vieram, se o relato não fala nada disso?

Ora, sem duvida o escritor falava da criação daquele mundo em especial, onde o povo compartilhava uma cultura (língua, religião, hábitos alimentares) e espaço físico comuns. Consequentemente, o final deste mundo, descrito com riqueza de detalhes alegóricos centenas de anos depois, se relaciona com o término desta cultura em especial (apesar dela, hoje, ter se disseminado pelo planeta).

Na Mesoamérica
Os sacerdotes e astrônomos maias possuíam um modo peculiar para determinar o fins das eras usando o conhecimento das estrelas. Tendo Vésper (ou Vênus), como referência, afirmavam que cada período iniciava-se com o surgimento deste astro no horizonte.

Consequentemente, seu desaparecimento determinava o fim de uma era, no nosso caso, a Era do Jaguar. A cultura maia determina 22 de dezembro 2012, como o fim do mundo. Como é uma data relativamente próxima, quem viver verá.

Ragnarok
Não, car@ Leitor@! Não é o jogo, mas o evento que trouxe a destruição ao Universo após uma luta mortal entre Odin e os Aesir contra Loki e os Gigantes segundo o pensamento nórdico. Um casal de humanos sobrevive ao final desta era, iniciando a repovoamento da terra (um, já li isso... )

Aqui houve um fim, mas também um reinício.

Enquanto isto, na Bretanha
Os celtas não deixaram relatos sobre Divindades criadoras. Boa parte de nosso conhecimento sobre eles e a Bretanha, também identificada com a Deusa, fala somente de ocupações sucessivas de povos célticos (os cruithne, fir bolg, os lagin etc. ), e aparente despreocupação com teorias apocalípticas.

Antes mesmos dos celtas supõe-se que moravam na ilha um povo mais antigo, cujo o nome se perdera no tempo, mas a quem os romanos tiveram que enfrentar em lutas ferozes na Escócia. Como este povo de estatura pequena e de pele amarela pintava o corpo de azul, ganharam o nome latino de Pictos, ou os pintados.

Partindo deste princípio afirmaria-se, que para o povo celta, a Terra não fora criada mas sempre existiu. E sempre existirá, aguardando somente a próxima invasão.

Entre os gregos
O fim dos tempos, do ponto de vista grego sobre o divino, significa substituição, sendo notadamente patriarcal. Às vezes esta troca é pacífica, onde um Deus velho é substituído por um novo, geralmente um filho ou irmão.

Por vezes é violento, mesmo quando envolve parentes próximos. Haja visto as divindades olímpicas. Gaia gera com Urano vários filhos, entre eles Rea e Cronos. Sentindo-se ameaçado, Urano os devorava. Cronos castra Urano, libera os irmãos e casa-se com Rea.

Com ela tem filhos, e com eles vem o medo de deposição. Entre os rebentos está Zeus, que derruba o pai tal qual aconteceu com Urano. Os gregos associavam cada deposição com uma era, sendo a era de Urano a de Ouro.

E conosco?

11 de agosto de 1999. Era quarta-feira, acho. Fazia um lindo dia de sol, quente e claro. O céu estava tão azul... Mas ainda sim havia um contraste nas sombras. Elas estavam mais escuras, como se algo fosse pular delas e me agarrar antes que eu chegasse no ponto de ônibus.

O motivo é que um eclipse estava marcado para aquele dia, o último do século. Nada de mais, só mais um maravilhoso evento astronômico. Porém, cruzaram este fato com profecias nostradâmicas e uma certa histeria tomou conta da sociedade ocidental. E de tando se noticiar a baboseira que aquele dia bonito não foi aproveitado em toda sua plenitude.

Quando o cometa de Halley cruzou os céus em 1910 também houve o mesmo pânico apesar de já estarmos em uma sociedade medianamente esclarecida sobre estes fenômenos.

Isto sem contar o sr Wells e sua transmissão radiofônica da invasão marciana nos E. U. A. Há sempre explicações para o fim do mundo. Então ganhei um certo ceticismo com o tema.

Fora que o termo "fim do mundo" é muito genérico. Que mundo é este que se acabará? E será segundo o calendário gregoriano, maia, juliano, judeu, chinês...


Outras preocupações
Nossa divindades, notadamente pagãs, não possuem uma função administrativa como Zeus, Rá ou Odin. São Deuses e Deusas eram cultuados nos tempos antigos por trabalhadores da terra, não por governantes, sacerdotes profissionais ou guerreiros. Portanto não havia trono pelo qual batalhar nem posições a se manter pela eternidade.

Suas preocupações portanto giravam em torno da satisfação de necessidades mais imediatas, entre elas o plantar e comer, e assuntos ligados a elas. O mundo não começa ou acabava. Apenas os ciclos se interpunham, indefinidamente. Hoje não plantamos o que comemos, mas somos herdeiros culturais dos antigos pagãos, apesar de nem sempre tomarmos consciência deste fato simples.

Um aspecto interessante na Wicca é que seus membros não esperam por retornos de grandes homens ou datas específicas para transformar a Terra em um paraíso que tantos povos almejam. Se quisermos a vida boa ela nasce de nossa consciência & ação.

Eu aprendo todos os dias que sempre caminhamos na fronteira entre uma vida plena e a devastação. Tudo depende de nossa posição pessoal frente as diversas necessidades que a vida apresenta. A cada papel jogado no chão, a cada árvore derrubada, a cada ato violento impedido, um novo mundo se cria em torno de nós. Isto é uma luta diária, não uma condição eterna.

E esta luta é travada por todos, sem exceção. Basta apenas que tomemos consciência disto a cada momento e não em uma data específica, segundo alinhamentos astronômicos. Poderíamos viver na plenitude desde 2002, 1992, 1882... A questão é saber se o Universo decidirá quando isto se realizará ou se nós tomaremos as rédeas do Carro.

Como pessoas cientes dos movimentos no micro e macrocosmos, esta é uma oportunidade de aproveitar a crendice da população que há uma data específica universal para a busca da Felicidade e que o Universo marcará como um gigantesco relógio nos céus. Mas, cá entre nós, 2012 para muitos iniciou-se há muito tempo.

Reconhecemos a verdade do ciclo, da espiral, do reinício, ao invés do final abrupto e violento. O apocalipse não nos tira o sono. Ao menos, não o meu. O mundo que conheço terminará quando esta minha existência terminar. Mas após um mergulho no seio do Divino voltarei renovado, vivo em cada ser deste universo.

Só espero deixar um mundo melhor que eu encontrei para que, quando voltar, não tenha muita sujeira pra limpar.


Saúde, amizade, liberdade.


E ó, eu como os antigos egipcios, tenho mais medo de Apophis, a serpente com quem Rá luta desde a aurora dos tempo!

sábado, 22 de setembro de 2007

DO RITUAL PÚBLICO

Por S. Thot

Era uma tarde quente do início de março. O sol ardia sobre a pele e o ar, seco enquanto descia a rua Mãe dos Homens e cruzava a avenida Salgado Filho. Ao longe eu avistava árvores e ansiava por sua proteção. Meu rumo era o Bosque Maia, afim de preparar o encontro do dia 25, um domingo.

Cruzo o portão lateral e sinto a brisa fresca que traz cheiros de madeira e outros perfumes. Lavo o rosto, pescoço e braços no bebedouro do parque. Chego a administração e converso com os responsáveis, já velhos conhecidos. Tudo ok na documentação, faltando somente a assinatura do secretário de meio-ambiente. Há tempo hábil e não me preocupo.

Por curiosidade, olho a agenda de eventos do espaço Gilmar Lopes, local de nossos encontros há alguns anos, e constato que está quase vazia. Somente o Semente Sagrada usaria o espaço em março.

Ao sair, me encaminho até lá e subo os degraus de cimento, no mesmo lugar onde concentramos, onde posicionamos nosso altar. Observo as pessoas que descansam na pequena arquibancadas, com as árvores atrás e o céu nos protegendo. Então rápidas lembranças surgem.

Lembranças de rituais passados, de pessoas que sempre vejo e outros que desaparecem nas brumas do tempo. Lembranças de calores sufocantes ou ventos gélidos, de dias de chuva ou de céu limpo. Faz tantos anos... Lembrei de meus temores em expor aquilo que fazíamos entre quatro paredes ali, para o escrutínio público. Lembro do coração acelerado e do "seja o que a Deusa quiser", quando meus argumentos não surtiam efeito. Se fosse para dançar, que dancemos todos então. É curioso ver agora que somos parte da paisagem de tempos em tempos.

Penso nos pagãos que se reuniam no mesmo dia em outros locais do mundo. Penso nos que não podiam e não podem, por doença ou incapacidades de várias ordens (e oro por eles). Penso naqueles que o faziam à noite e em segredo, enquanto eu tenho apoio de minha cidade (e oro por eles). Penso naqueles que pegarão o bastão quando já não pudermos mais. Orarão por nós?

A barca solar ruma ao horizonte, levando consigo minhas orações. Que alcancem a todos.

"Sempre que um local tenha tido orações e desejos concentrados direcionados à ele, formasse um vértice elétrico que atrai para si uma força e que se torna por um tempo um corpo coerente que pode ser utilizado pelo ser humano.

É ao redor desses corpos de força que templos, locais de culto e, posteriormente, igrejas são erguidos; são cálices que recebem um derramamento cósmico focalizado em cada local específico."

Dion Fortune,
Aspectos do Ocultismo

sábado, 15 de setembro de 2007

É O DIVINO DONO DE MERCEARIA?

Feitiço: se não há, cria-se!

Mas, se tomarmos como exemplo as páginas da Web (e, pela Deusa, espero que se restrinjam a elas), temos uma grande massa de protopagãos ou preguiçosos ou despreparados.

Além de serem incapazes de se aproximarem de outros no mundo real, quando o fazem no virtual é para pedir Feitiços&Encantos. Desdenham assim do Divino, e dos pagãos que levam o sacerdócio à sério.

Feitiços não surgem escritos em pedras ou talhados nas cascas de árvores milenares.

São criados a partir de experiências das pessoas que deles precisam. Acreditamos então que estes são um tanto pessoais. Logo, as ferramentas que servem a alguns não se adequariam a outros.


Aproveitando
Ampliando o assunto, qualquer pagão praticante, que estudou e vive sua rotina religiosa, sabe criar um feitiço. E para nós, saber faze-lo é estar habilitado a realiza-lo.

Mas se alguém não sabe criar não conhece os elementos principais de um ato mágico. E isto é temeroso.

Detestaríamos ver essas mesmas pessoas naqueles programas da madrugada, dizendo ao pastor: a Wicca desgraçou minha vida. Seja porque o ato mágico não deu certo, ou porque deu certo até demais.


Se não sabem fazer magia, não busquem receitas. Além do quê, nossa religião vai além de fazer do Divino um setor de serviços.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

BRUXOS NO MUNDO

Religião: sf. 1. crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais. 2. manifestação desta crença por meio de doutrina e rituais próprios. 3. devoção, piedade.

Uma explicação menos acadêmica para definir o termo religião é dizer que, qualquer que seja ela, se trata de uma estrada que leva o humano a divindade. Independente de seu nome ou propósito, se ela conseguir este feito possui um culto sincero.

Como são as estradas que conduzem ao divino, existem para todos os gostos: retas, tortuosas, fáceis, difíceis, largas ou estreitas. Apesar de tudo que dizem, nós que a construímos, sinalizamos, policiamos, cuidamos e nos servimos delas como motoristas.

Dentre todas, há uma que nos interessa: a autoestrada do Paganismo. Nela, entramos na alça de acesso rumo a avenida da Arte, ladeada por ruas chamadas Tradições. Então temos a Eclética, Celta, Diânica, Saxônica, Alexandrina, Gardneriana entre outras. Em cada uma dessas ruas moram as Divindades. E todas estão em casa, é só bater.

A avenida da Arte é nova: suas faixas de segurança ainda cheiram a tinta, e estranhamos um pouco ainda seu trajeto. Suas ruas arborizadas e o córrego que murmura ao longe nos convidam a reflexões. Mas sob o novo asfalto, como os caminhos de Roma, a uma estrada mais antiga de terra batida e pedra.

Graças a verdadeiros arquitetos da palavra como Margareth Murray (O Culto à Feitiçaria na Europa), Charles Leland (Aradia), Robert Graves (A Deusa Branca), Gerald Gardner (A Feitiçaria Moderna), Margot Adler (Atraindo a Lua), Starhawk (A Dança Cósmica das Feiticeiras), Janet e Stewart Farrar (Oito Sabás), temos hoje um culto que não estagna nos alicerces, mas se regenera num trajeto em espiral rumo ao infinito.


Muitas pessoas optam por este caminho por cansarem-se dos buracos, taxas, policiamento, congestionamentos e estreitamento das chamadas Estradas Oficiais. Então nos lembramos que somos os motoristas e co-autores de nossa estrada da vida. Que segue pelo caminho da Arte sabe que tem de cuidar dos que vem atrás, assim como os da frente cuidam da gente.

Os caminhantes seguem regras simples e claras. Existe uma regra básica e um aviso para que o fluxo flua bem: desde que não faça mal a nada nem a ninguém, faça o que quiser; e tudo o que fizemos retornará três vezes.

É claro que os motoristas das Estradas Oficiais ficam loucos quando sabem destas coisas. Acham que estamos nos matando, colocando-nos em perigo quando confiamos no outro sem uma lista enorme regras e punições. Mas tenho que discordar, pois quando se sabe que a nossa vida e a do outro dependem de nós e ajamos de acordo, ficamos mais cuidadosos. E isto nada tem a ver com medo ou premiação, mas com ética. O Caminho da Arte faz-se dos seguintes princípios:

* reconhecem-se as Divindades em rituais associados ao Sol e a Lua
* reverencia-se a Terra como manifestação da energia divina
* a Magia é vista como parte natural e prazerosa da Religião, usada para fins positivos
* as atividades como o proselitismo são consideradas tabus
* não aceitamos o conceito de mal absoluto
* não somos anti cristãos ou satanistas
* usamos instrumentos como oráculos, pedras, cores, aromas e símbolos gráficos, mas reconhecemos sua inutilidade se a força que existe dentro de todos nós não se manifesta.

Durante milênios cruzamos estes mesmos Caminhos: na terra batida dos xamãs, na estrada de pedra dos pagãos medievais ou no pavimento moderno da Religião da Deusa. Em todas estas épocas sempre chegamos à casa das Divindades com diferentes agrados: de estatuetas de barro à renas, trazíamos aquilo que nos era mais caro, de sacro ofício. Éramos recebidos com um sorriso sem jeito, cientes os Deuses que uma recusa seria uma afronta.

Com o tempo, descobriu-se o óbvio, que nossa presença já bastava. Se os relembrarmos, levarmos nossos amigos, um pouco de bebida, comida e música, tivermos cuidado com os restos, fôssemos simples e honestos em nossas vidas e cuidássemos da vida em nosso entorno, os Deuses sorririam, satisfeitos.


Este Caminho nos parece novo, mas é só ilusão. Novo somente é nossa percepção e este corpo que carregamos, pois o espírito continuamente emerge da Fonte Universal, e a Ela retorna ao final.


Abençoados sejam.


Gosta de Rita Lee?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

SOLUÇÕES SIMPLES

Apresento aqui soluções simples para usar em seu cotidiano afim de minimizar o impacto de nossa pegada na Terra. Sei o quanto é chato falar sobre isso, pois se fosse legal todo mundo faria. Mas a solução só vem do empenho de cada pessoa consciente.

Perceba que uno em vários textos dos tópicos os conceitos espiritual e o político. Natural, pois eles são indissociáveis no ser humano, apesar da separação que faz na mente das pessoas. Muitos enxergam o mundo como um lugar sujo ou ilusório, não me responsabilizando por ele.

Para o pagão a realidade une o material e o espiritual, sendo a matéria reflexo do espírito e vice-versa. Logo é natural que tenhamos posições politico-ecológicas associadas a nossa espiritualidade.

Grato por
ler e por agir.



Guerrilha urbana

C-calma! As armas aqui não são perigosas. Nem brancas são! São verdes mesmo, rs! Nunca pensou em fazer uma bomba, mas de sementes? É! Aprenda aqui a fazer uma bomba de sementes para plantar em terrenos baldios e outras áreas abandonadas dentro das cidades. Clique na imagem e aprenda a fazer.

Magia com árvores
Quando realizamos algum ato mágico usamos uma muda de árvore como foco de nossos feitiços.


Sendo nativa de nossa região, as plantamos naqueles "quadrados" de terra existentes nas calçadas da cidade, nos certificando antes que sua espécie não seja muito grande.

Senão ela criaria mais transtornos que benefícios.


Lixo nos bolsos!

Quem não se rende a uma balinha no fim da tarde, voltando para casa? Mas não existe coletores de lixo em todos os postes (fora os vândalos que destroem os poucos!).
O jeito é por no bolso até a próximo botequim e jogar na lixeira deles.

Tem a questão dos lixos úmidos, como cascas e miolos de frutas, por exemplo. No meu caso, como ando muito com mochila, deposito em uma sacolinhas dessas de mercado, e vamos que vamos!

E em caso de não se ter um lugar para colocar o lixo? Bem, a minha escolha é "se não posso descartar nã
o posso produzir". É duro mas se as usinas atômicas seguissem este preceito, não teríamos lixo radioativo jogado no fundo dos oceanos.

No coração da cidade!

Jogar óleo n
o ralo da cozinha é um crime do qual não tomamos consciência. Sabia que cada parte dele contamina 1 milhão de partes de água? Fora isso, a gordura se acumula nos canos de sua casa, tal qual uma artéria do corpo humano. Resultado? Entupimento!


Mesmo em tubulações maiores o problema se apresenta. A gordura adere as paredes e detritos formando uma grossa camada que estreita os encanamentos dos tuneis sob as cidades. Pensando na cidade como um corpo vivo, isso equivale a um adulto com problemas causados por alimentação gordura!s

A verdade é que o consumo de frituras devem ser evitado sempre que possível, dando atenção para aliementos cozidos, assados ou grelhados. Mas se seu prazer é uma batatinha frita tipo "palito" vez ou outra, vai uma dica: Coloque o óleo usado em uma garrafa pet e descarte-a no lixo comum. Acredite: terá um impacto menor que jogar o óleo no esgoto.

Uma solução melhor é enviar o recurso para usinas que o transformarão em biocombustível. Se mora na capital, olhe com carinho para esta opção.


Refil
Produtos como perfumes itens alimentícios (achocolatados, café solúvel) possuem embalagens econômicas, menos refinadas, só para distribuição do produto em si: são os refis. Uma empresa que investe neste sentido é a Natura, onde o preço do refil é inferior ao da embalagem padrão. Lógico! Afinal, o que importa é o conteúdo! Além disso, a empresa apoia diversos projetos ambientais e sociais, como o Movimento Natura.

Os superm
ercados vendem vários produtos à granel (principalmente grãos e farináceos) ao invés das embalagens de isopor que são difíceis de reciclar.

O impacto ambiental no uso de refis também é um pouco menor.



Pilhas e baterias
Pilhas e
baterias levam em sua composição metais pesados. Shopping Centers, prédios públicos e outros locais recebem pilhas usadas para descarte. Clique AQUI para composição de pilhas e AQUI para as baterias usadas em automóveis.

Baterias podem ser levadas nas lojas autorizadas pelo fabricante. Lojas como a Claro e TIM contam com este serviço.
Os Bancos Real e Santander possuem coletores especiais para pilhas e baterias identificados com o logo que aparece ao lado.


Falando em sacolas de mercado

Quantas sacolas de mercado sua família consome ao mês? Sim, tá certo que nós a reutilizamos depois nos cestos de lixo. Mas depois elas seguem para o aterro e lá levam séculos para se decomporem. Isso quando o" cabra" simplesmente não o joga no córrego mais próximo! Do córrego para o rio e deste para o mar.

No oceano a sacolinha de seu supermercado favorito é confundido com águas-vivas por outros animais marinhos como tartarugas. Águas-vivas são parte da alimentação destes répteis e ao tentarem come-las você pode imaginar o estrago que é. Clique na imagem para obter mais informações sobre o assunto.

Que tal respeitar o dia de coleta do seu lixo para evitar que este por engano seja levado pelas chuvas até as galerias subterrâneas, córregos e rios? Ou optar por outros meios melhores para o transporte de suas pequenas compras, como mochilas ou sacolas "permanentes"? Minha ecobag é minha mochila mesmo, rs!

A questão do transporte de itens do mercado está atrelada a necessidade de nos programarmos melhor, também. Eu tenho uma mochila escolar só para isto, evitando assim a sacolinha plástica. Durante um determinado período em casa anotamos aquilo que precisamos do mercado.

Com a lista na mão e a mochila nas costas fazemos as compras. Sem esta organização, sempre passaríamos pelo mercado e seríamos forçados a usar as sacolinhas, só para não trazer os itens nas mãos. Não só é bom para o planeta como evita o consumo por impulsividade, ruim para o bolso.


Caixa Treta Pak
A tecnologia treta pak, famosa pelas caixas de leite longa-vida, possui certas dificuldades para reciclagem, devido a complexa composição de seu material. No entanto o fabricante disponibilizou um site onde há endereços de recicladores especializados no produto. Digite seu endereço e veja o local mais próximo de sua casa ou trabalho.

Ou simplesmente optar pelo leite em saquinho como nos velhos tempos. De reciclagem mais simples, e que é aceito pelos catadores de papel desde que esteja razoavelmente limpo.

Lavar roupa todo dia?
Existe a necessidade de se manter o ambiente limpo: casa, roupas, utensílios domésticos... O mercado nos oferece uma miríade de produtos com os mais diversos usos e cheiros. Pena que boa parte não seja biodegradável.

Uma solução ecológica está na produção caseira de sabão, usando óleo vegetal usado, ou comprando de quem já faz. Existem muitas fórmulas para fazer sabão, mas busquei uma que não usasse banha animal, afim de não ofender pessoas sensíveis a matança.

E dê preferência por lavar a maior quantidade possível de roupa de uma vez, afim de economizar no bolso e nos recursos. Se der, reutilize a água para lavagem de áreas de serviço como calçadas, garagem e similares.

Ratatouille
Já assistiram esta animação da Disney-Pixar? Fala de um ratinho chamado Remy que deseja aprender a cozinhar e ser um grande chef. Comprei o dvd e assisto sempre. O que nos interessa aqui é o pano de fundo da história, sobre o fato dos ratos ficarem próximos dos humanos devido a abundância de comida disponível.

Se você avaliar bem o que se come, será que tudo que está no prato ou panela é consumido ou desce para o ralo? Na vida real, infelizmente, ratos são associados a diversas doenças desde a Idade Média. As grandes cidades vivem sob a sombra de doenças transmissíveis por ratos principalmente durante as enchentes.

Para se manter a população dos ratos sob controle venenos só não bastam. O consumo consciente não só economiza no seu bolso como evita que material orgânico polua o ambiente ou sirva de alimento para roedores indesejáveis no seu esgoto... ou cozinha.

Compostagem
Uma solução simples para os lixos úmidos de sua cozinha! A ainda dá para reverter naquele jardim que você nunca começa. Só não vale ter nojo de minhoca!






Carregador de celular solar
Já existe à venda carregadores de aparelhos celulares alimentados por energia solar ou qualquer luz disponível.

Os preços são razoáveis (R$50) e o design interessante. Ideal para usar em casa, escritório ou carro. Com a opção de carregamento convencional via rede de energia elétrica em caso de ausência de luz no ambiente.

O link para a reportagem completa está AQUI.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

DA INICIAÇÃO


Iniciação sf. (...) 3. Preparação pela qual se inicia alguem nos mistérios de uma religião, doutrina ou rito.

A auto iniciação é uma questão controversa dentro da comunidade. Mas vejamos: a iniciação nada mais é que uma declaração de mudança de consciência & ação pessoais numa explicação muito simplista. Tem-se atribuído este conceito a Scott Cunningham (CUNNINGHAM, Scott, Guia Essencial da Bruxa Solitária. 1997. Editora Gaia), renomado autor pagão americano. Porém, nos livros que pesquisei só achei menções a auto dedicação, como na página 114, Capítulo 12 - Autodedicação. Como verá, isto é algo diverso da auto iniciação.

Quando feita em grupo, a iniciação é um pacto que se forma entre o neófito e a comunidade. Demonstra que já se atingiu certo estágio no grupo e que se está pronto para novas responsabilidades, como celebração de ritos de nascimento, união e morte.

Quando feita solitariamente, é dedicado a si e às Divindades.

Considero a "auto" de uma responsabilidade gigantesca, pois coloca sua alma à mercê do Divino, compreende? Não é algo que se veste e se troca depois: tatua-se isso na alma!

Você troca de coven, mas não com mesma facilidade trocará de religião uma vez iniciada ou auto iniciada. Além do quê, a iniciação ou auto demandam suficientes conhecimentos e insights, que só algumas Rodas do Ano (ou seja: prática), produzem!

Por fim, não se preocupe com iniciação ou auto iniciação, mas na prática, em estar preparada quando o momento chegar. Acredite, saberá! Viva de acordo com aquilo que lê e acredita.

Sem isto, não há auto iniciação ou iniciação que que ajude-a em sua Caminhada.

Saúde, amizade, liberdade.


E para meditar melhor sobre o assunto, vamos Tocando em Frente?



sábado, 1 de setembro de 2007

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA



De Shakespeare

"O tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo,
muito longo para os que lamentam,
muito curto para os que festejam.
Mas, para os que amam, o tempo é eternidade".


O Grupo Semente Sagrada lhe convida a participar de mais esta celebração.

Época de expor planos, traçar metas, de transformar sonhos em metas É hora de dar ao corpo&mente&espírito trabalhos e amores novos!


O tempo de devanear passou. O Sol desponta no horizonte, trazido pela Aurora de róseos dedos! No útero da terra a semente fixa suas raízes na terra, enquanto ruas folhas rompem a terra rumo ao céu.

No espiritual, Aqueles que se Foram Antes recebem as bençãos de Perséfone e assumem seus lugares nesta dança cósmica. Demeter mais uma vez receberá sua Filha, e com elas o calor do sol e as chuvas de verão trarão vitalidade a terra.

O fim não é real, mas a oportunidade de um novo começo, um melhor começo.

Para celebrar e render culto nós os convidamos novamente!

Não esqueçam de trazer um prato de doce ou salgado.

Usem uma peça da roupa nas cores Vermelha, Laranja ou Amarela para nos harmonizarmos com o período.

Bosque Maia - Espaço Gilmar Lopes

Domingo, 23 de Setembro de 2007.
14h00

Encontro sob a Tenda do Bosque 15 minutos antes!!!

Gosta de Milton Nascimento? Experimente!

Anne, Bramwen, e S. Thot - Grupo Semente Sagrada