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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A CAMINHO DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS



Bem, é Beltane para mim, mas a verdade é que a maré das pessoas comuns insiste no Halloween, pegando pronta as festividades do Hemisfério Norte que a esta hora vivencia os primeiros dias frios do inverno setentrional. Nosso amigos portugueses que o digam, entre outros que acompanham da Europa e América este blog.

Mas há um conselho colocado no Oito Sabás Para Bruxas, dos Farrar, que diz assim:

"As crianças esperam divertimento de Hallowe'en, e do mesmo modo (nós o descobrimos) os amigos e vizinhos esperam algo das bruxas em Hallowe'en.

Assim realize uma festa e lhes ofereça - abóboras, mascaras, trajes à fantasia, pregar peças, música prendas, tradições locais - a sorte. 

E realize seu ritual de Samhain para o coven em outra noite ".

Sendo assim, rendi-me a maré da gente comum e vou entrar de cabeça em nosso carnaval especial na cidade de São Thomé das Letras - MG, onde se poderá andar à caráter sem medo de ser feliz neste dia 31 de outubro!

Para os que seguem o Sul, Feliz Beltane.

Para os que seguem o Norte, Feliz Halloween.

S. Thot.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

31 DE OUTUBRO É DIA DA DEMOCRACIA (DE NOVO!)



Pois é... estamos aí novamente, cara a cara com as urnas em todo o país. Após o primeiro turno, onde 1 milhão de Tiriricas elegeram um cidadão que  não sabe qual a função desempenhará para ganhar mais de R$15.000,00, fora benefícios. Quem votou no Tiririca não elegeu uma proposta. Nem sequer uma pessoa. Foram 1 milhão de votos (e quatro candidatos-nanicos eleitos à reboque) para uma imagem, um personagem de circo.

Não digo que sou contra o voto, que sou saudosista da Ditadura Militar no Brasil e outras sandices. Considero o sufrágio uma excelente ferramenta. Mas o processo eleitoral do brasil, apesar de ter uma estrutura excelente, cujo o simbolo é a urna eletrônica, carece de mudanças em sua base.

Temos eleições muito personalistas. Não existe um debate técnico sobre as propostas de governo, sua viabilidade e aplicabilidade. O que se vê na tevê não constrói um pensamento político sadio e estruturado. Somente divide a nação entre "nós" e "eles" em um processo que conheci em outras instâncias.

Me envolvi na política partidária em 90, graças ao movimento estudantil em minha cidade. Os grêmios, como os sindicatos e outros órgãos, eram vistos (e são) como braços dos partido e percebi o quanto é vertical, hierárquico, personalista e restritivo são os processos decisórios. Minha visão era ter o partido a serviço da entidade, e não o oposto.

Os debates internos eram marcados não pela racionalidade, mas pela emoção e, vez ou outra, meias-verdades. Com o tempo aprendi que queria eleger mais um programa de governo que uma pessoa ou grupo. Porque as pessoas passam, mas o programa e o grupo ficam. Mais de uma vez vi as massas se enfrentarem nas plenárias enquanto nos bastidores os líderes confabulavam. Fui perdendo o tesão.

Após o desgaste inevitável, deixei a política partidária em 99. Mas a vida política continua. Pois ela não se restringe ao Palácio do Planalto. Política é a soma das relações humanas no ônibus, na rua, no emprego, na cama, na cozinha, com o vizinho, com o desconhecido.

Lavar ou não a louça na pia determina naquele momento qual o tipo de relação de poder tenho em casa. Se cada ato é sagrado, cada ato também é político.


Separatismo

Estas eleições tem sido marcadas pela questão religiosa sobre assuntos civis como aborto, união civil entre pessoas homoafetivas e afins. Apesar do Estado ser laico segundo a Constituição de 1988, a população não o é. E é atrás destes votos que candidatos D. e S. correm. Como se durante quatro anos estes fossem os únicos temas a serem colocados em pauta.

Esse papo de bancada evangélica me lembrou algo. Faz uns anos que me foi sussurrado nos ouvidos uma proposta de partido pagão. Não sou a favor da setorização das pessoas. Lembra a criação de guetos, como o de Varsóvia. Sejamos cristãos ou pagãos, temos que comer, vestir, morar, nos movimentar. Um partido não deve governar para poucos nem em cima de um ou outro tema. E nem a nação se deixar levar pelo canto da sereia.

Quando as pessoas se separam, se coisificam.

Meu desejo é que num futuro próximo possamos eleger propostas viáveis para a nação em todos os campos básicos e deixemos de dividir o país em "bancadas" e "partidos". Quando aprendi que posso fazer política fora das plenárias durante o ano inteiro e não só quando entrego meu voto a uma pessoa, entendi o real valor dele. E entendi que hoje as pessoas e o modelo estão abaixo das minhas expectativas. Desde 1994 não elejo ninguém para qualquer cargo público.

Mas não quero que esta seja a tônica desta eleição, pois temos milhões de pessoas adultas que não tem responsabilidade política para se autogovernarem, e tão pouco serem coautoras da administração de uma região. Estas precisam (merecem?) os candidatos que se apresentam.

Que a Deusa tenha piedade de nós.


Saúde, amizade, liberdade.


S. Thot.

Ps.: entrou em vigor a lei da Ficha Limpa, válida já para estas eleições. Um fato curioso é que gente que tinha a ficha suja foi eleita, muitos com grande margem de votos, sendo preciso usar o poder da lei para retirar estes elementos das cadeiras do Congresso. Incrível como o povo necessita de um guia para tomar decisões corretas! E o quanto uma nação corrupta se reflete em seus parlamentares!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DA LUA



"Quando necessitar de alguma coisa, uma vez ao mês, e é melhor que seja quando a Lua estiver cheia, deverão reunir-se em algum lugar secreto e adorar meu espírito; Eu que é a sou a Rainha de todos os sábios."

Os encargos da Deusa, de Doreen Valiente



Vocês já se perguntaram como nasceu a Lua que tanto amamos? Se não, delicie-se e surpreenda-se a representação gráfica no final do texto. Principalmente com a frase do astrônomo: a Lua é filha da Terra!

Para os pagãos, esta frase não é vazia, mas bate profundamente. Tanto que, quando eu a ouvi pela primeira vez, meus olhos lacrimejaram. E vou até repetir: a Lua é filha da Terra




Mas tem Caroço nesse Angu!

Tem uma coisa que me incomoda na Lua. Não é Lua em si, mas algo que visitantes recentes lá deixaram. É uma bandeira que fincaram nela. E não foi a bandeira da ONU, entidade que já existia na época e que representa (ou tenta) uma boa parcela das nações. A bandeira que está lá hoje não representa a conquista humana, mas a conquista de uma nação, somente. Foi uma viagem para conquistar. E o próximo passo desta conquista é fazer da Lua uma base espacial para futuras missões à outros planetas, como Marte.

Os objetivos englobam vários aspectos: científicos, militares, políticos, econômicos. O que me preocupa é a palavra "exploração". Na Terra ela nunca trouxe boas consequências em longo prazo e me pergunto o que acontecerá quando as primeiras latas de Coca-Cola começarem a voar pelo espaço. O fato da Lua ser deserta e o espaço, infinito, não implicam em espalhar por aí nosso lixo.

Ao mesmo tempo, com a população humana crescendo e a forte demanda por materiais e energia (afinal, todo mundo quer um IPhone), não há muitas escolhas senão explorar novas fontes. De certo modo estamos de mãos atadas, presos pela nossa dependência do conforto de nossa atual tecnologia.

Será que olharemos para a Lua, no futuro, com admiração como o fazemos hoje? Ou veremos nela somente mais um lugar distante de onde sugamos aquilo que queremos e lá depositamos os detritos?

O uso de fontes de matéria&energia alternativas às do petróleo, somadas a decisões corajosas junto aos governos, indústria e entidades de todos mundo podem evitar catástrofes e equívocos em médio e longo prazos.


Enquanto esta "iluminação" não chega, cabe ao cidadão comum proteger o seu maior bem, que é a capacidade de viver com dignidade usufruindo da Terra que lhe foi "emprestada".

E que Ela baste.



É Lua Cheia


Já conheci pagãos que vieram perguntar para mim, via net, em que Lua estávamos. Pedi-lhes gentilmente que fossem lá fora ver. Estamos um pouco desconectados, não acha?


Que esta Lua coroe de potência os seus intuitos mais profundos. E que o ritual mais simples seja feito noite após noite: olhar para o céu e contempla-la.


Saúde, amizade, liberdade.




S. Thot

Ps.: se gostou do leu, visite um texto meu sobre como a Deusa Selene tira meu sono à noite, rs!


Leia também uma postagem interessante sobre a Lua Violeta, fenômeno de nosso calendário, onde acontecem duas luas novas no mesmo mês. Poderá encontrar o texto no blog Bruxaria Revolucionária, clicando AQUI!




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

RECICLAGEM DE BICHOS

Brigitte, a mais velha e preguiçosa



Bomba fazendo cara de vítima
"Como puderam jogar estes bichinhos fora?", perguntei-me olhando para Bomba, Brigitte e Aghata. Dei-me conta de que na minha casa a gente recicla bichos.

Bomba, a pincher, veio de uma série de outras casas onde apesar de seu pedigree, não se adaptou. Brigitte (na foto) foi jogada de uma moto em alta velocidade na rua e foi trazida pela minha cunhada. E Aghata estava na porta de um banco abandonada fazia dois dias.

São bichos que não tinham lar e que vieram parar em casa. Nenhum deles, ou dos outros que vieram e foram levados por Bast ou Hécate, foram comprados em pet shops. Todos eles deram e receberam muito amor e atenção e marcaram nossas vidas. Impossível dizer que são todos iguais. Cada um dos bichos (amigos?) possuía sua própria personalidade e se comunicavam conosco melhor até do que muita "gente humana", Rs!

Incentivemos a "reciclagem" dos bichos ao invés do seu comércio. Aqui na cidade ocorrem feiras de adoção no Bosque Maia e outros lugares regularmente. Lembre-se que a raça de seu novo amigo não determina o tamanho do amor que você receberá em troca deste gesto de simples de carinho e coragem.
Agatha, a recém-chegada

Talvez você também goste desta postagem sobre a Proteção Animal


É como aquele comercial! Fala que seus olhos não se enchem dágua vendo as expressões desses bichos?!

"Tudo o que eu quero é ir pra casa!"



Saúde, amizade, liberdade!



S. Thot

Ps.: abaixo, veja porque prefiro reciclar bichos

Ps. 2: não se preocupem. O bicho foi resgatado horas depois pelo dono graças às imagens gravadas pela câmera de segurança. Também por conta disso a mulher que aparece no vídeo foi acusada de maus-tratos após a divulgação do mesmo.


OS OBJETIVOS DE UM RITUAL

Prosseguindo com a série de textos sobre Como Realizar um Ritual, chegamos no ápice de nossos esforços até então. Para continuar, devo dizer que somos sacerdotisas e sacerdotes. Já se escreveu neste blog sobre o assunto anos antes, porém convém relembrar.

Nosso papel é o de servir a comunidade e manter viva a chama da devoção ao Divino. Nós prestamos serviços a quem vem nos pedir apoio, seja como conselheiros, seja como curadores. O ritual possui estas características. É o lugar e o momento onde nos colocamos a disposição do outro.

Nossa recompensa está justamente em sermos aquilo que treinamos para ser, e utilizar esta soma de conhecimentos mútuos para o Bem da Humanidade. Humanidade esta que é  personificada na pessoa que está na sua frente. Não é diversão de fim de semana ou para os momentos em que se está sem namorado/a. Ficou claro que a iniciação ou mesmo a dedicação não é algo descartável, mas uma decisão para toda a vida? Pois é de almas que falamos, principalmente da sua.

Tomei consciência desta verdade óbvia através da leitura da obra da família Farrar, Oito Sabás para Bruxas. Na parte final do livro Janet e Stewart discorrem sobre como os sacerdotes podem servir a sua comunidade realizando rituais de Nascimento (Wiccaning), Casamento (Handfasting) e Morte (Requiem). Todo ritual tem objetivo! Esta série usa como foco a Consagração de Objetos Mágicos, mas também podem ser de:
  • sociais
  • iniciação
  • súplica
  • fertilidade
  • celebração etc.
Outras formas de ritual podem ser encontradas no livro O Guerreiro Wicca, de Kerr Cuhulain.

Prefiro fazer rituais de celebração, onde honro o Divino e a Roda do Ano. Logo, no sabás tenho um compromisso em deixar a chama acesa, nem que seja uma flor em uma área verde da cidade, para lembrar dos votos feitos e das graças recebidas. Poucas pessoas se aproximam da Deusa e do Deus hoje em um ritual sem ter a mão estendida pedindo alguma coisa, o que considero desrespeitoso. Se é para pedir, que seja força para vencer e discernimento para saber qual o momento ideal para avançar ou retroceder.

O resto o dia concederá.

Saúde, amizade, liberdade.


S. Thot

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

GRAÇAS AO DEUS E À DEUSA



Olá a tod@s!

Falarei à vocês hoje sobre a importância de agradecer. Sinto em meu coração que esta ação possui um paralelo muito grande com o ato de perdoar, que já comentei neste blog em outra oportunidade. Acredito ser semelhante no sentido de que esta modifica tanto a nós como o outro que é objeto de nosso agradecimento. De que maneira?

Vivemos em uma sociedade destinada ao conflito, mas também à concórdia, ao entendimento. A maior prova é que estamos aqui hoje. Em um mundo de guerras constantes não tem tempo para colocar a casa em ordem e viver com dignidade. Veja o Haiti, que é uma gigantesca favela que vive em meio a golpes de Estado e guerras civis à décadas. Isso sem contar os eventos naturais como terremotos e furacões.

Vivemos em um país relativamente estável hoje do ponto de vista econômico e político. Faz vinte anos que domamos a infração e trinta que não temos militares no poder. Em algo avançamos, apesar de bolsões de haitis existirem em paralelo com as pequenas europas brasileiras. Sigamos em frente.

E pelo que agradecer ao Deus e à Deusa? Por estar vivo e bem. Por estar vivo e não tão bem, mas com coragem de lutar para estar. Por estar vivo e sem esperança de melhora, mas grato pela aceitação do fato e tentar fazer o melhor possível com as ferramentas que lhe restam. Temos agora e sempre a possibilidade da mudança em nossos corações. Principalmente os desesperados, os sem-nada. Estes não possuem nada a perder e podem fazer as apostas mais altas.

Na Roda do Ano agradecemos ao sacrifício que o Deus faz em nossa vida todos os dias.


O sacrifício de um Deus

A Deusa é o imutável, o perene, o eixo. O Deus e sua História são a Roda do Ano. Mas quem Ele é em nossa vida? É tudo que percebemos em movimento, que é ativo e que, principalmente, retiramos do corpo da Deusa que é a terra. 

Logo, toda casa, todo carro, navio, ponte ou cidade é visto por mim como o corpo do Deus. Curioso que tudo o que construímos deseja retornar ao seu estado natural, uno com a Deusa na terra. Experimente deixar algo abandonado e perceberá o abraço Dela no objeto em forma de ferrugem, oxidação, decomposição. Lógico que as leis da Física chamam isso de princípio da termodinâmica, chamar de O Abraço da Deusa é muito mais poético, rs!

E mais! O sacrifício do Deus também é o nosso. Todo dia ao sairmos para trabalhar deixamos o corpo da Deusa que é nossa família, nosso lar, nosso refúgio. Como o carro solar de Rá que cruza o céu para combater Apep, o destruidor, o caos, a fome, a pobreza, o frio, o medo. O trabalho de Rá e iluminar o dia. O nosso é fazer com que nosso dia valha a pena ser vivido.

Bem, sendo mundo que construímos, que nos protege e nos dá prazer é fruto deste sacrifício sagrado, nada mais natural é sermos gratos por ele em nossa vida diária. Dentro do Círculo Mágico não é diferente.

Dito isto, prossigamos.


Estrutura

Assim como usamos os elementos para representar os quadrantes, no altar também há objetos que representam o sacrifício do Deus em nosso cotidiano: o alimento. Apesar de muito, mais muito do que comemos ser plantado ou colhido por nós e portanto, não temos a exata percepção do que é cortar, colher, arrancar da terra, por uma questão de tradição usamos o alimento como representação do sacrifício divino.

O nome tradicional refere-se a Bolos e Vinho, mas opções são bem-vindas. Como citado no texto anterior, vinho e menores em um sabá não são a combinação mais adequada e sucos são bons opcionais. E outros tipos de alimentos podem ser recomendados. Um livro que indico como referência para comida sagrada é A Cozinha Mágica da Márcia Frazão. Veja aqui algumas receitas.

Cada convidado traz uma pequena porção feita com carinho, consciência e cuidado para o sabá afim de compartilhar com o outro as graças recebidas. Os alimentos ficam elegantemente dispostos sobre o altar. Dê preferencia a alimentos de época e da região onde se mora. Tempo e espaço são as ferramentas do bruxo. Desta forma os pratos se alinham com a época do ano em que o sabá é comemorado... e ficam mais baratos também, rs!


Conteúdo

Após o convite ao Deus e a Deusa, a Sacerdotisa, o Sacerdote e o Auxiliar posicionam-se diante do altar. A Sacerdotisa segurar a Taça e o Sacerdote com a ponta do Athame ainda molhada do vinho profere as palavras rituais, tocando suavemente os alimentos dispostos sobre a mesa, agradecendo a fartura e o sacrifício do Deus em permitir que seu corpo nos alimente e abrigue.

A Taça então é passada pelo círculo entre os celebrantes como forma de os abençoar e agradecer pela sua presença na celebração.

E está terminado esta parte.


Alguns pontos:

  • A opção de vinho por suco de uva se dá no caso de restrições por parte de algum celebrante que seja menor de idade ou tenha intolerância ao álcool. Lógico que isto tem que ser levantado com antecedência.
  • Acreditar em ter o Divino dentro de si é diferente de acreditar ser o próprio Divino.
Se esqueci alguma coisa, comente!

Saúde, amizade, liberdade.

S. Thot.

sábado, 16 de outubro de 2010

CONVITE AO CASAL DIVINO



Olá a tod@s!

Dias atrás uma ciberamiga perguntou-me quem são os Deuses. Me recostei na cadeira e pensei um pouco no assunto, pois estou tão acostumado a sentir a presença Deles que tive de "rebobinar a fita" do conhecimento para responder de maneira racional algo que se encontra no coração. Respondi-lhe que o Deus e a Deusa são nossa maneira infantil e limitada de dar ao Mistério um rosto familiar. Lógico que não sou o primeiro autor pagão a escrever isso. Gente muito mais gabaritada já discorreu páginas sobre isso. Somente simplifiquei a ideia.

Então usamos as máscaras dos deuses (peço licença ao senhor Campbell para usar o termo, rs!) afim de humanizar o Divino, de deixa-los mais próximos. Pense bem e verá que os Deuses não precisam de vestes brancas, tronos, armas ou muitos braços devido a sua onipotência. Mas isto nos aproxima Deles e nos sentimos mais parte da grande família cósmica.

Outra ideia que desejo explicar antes de iniciar o texto em si é o significado da palavra evocação e invocação, que parecem sinônimos mas não são (rimou!).

Evocação é chamar para fora. Evocamos quando não desejamos fazer parte da pessoa/grupo que chamamos. Nos meios ocultos evoca-se entidades que se materializam (por falta de termo melhor) não no círculo onde está o oficiante, mas em um círculo separado. O que me soa como uma jaula, uma prisão. Evocação é uma ordem.

Invocação é chamar para dentro. Invocamos quando desejamos que os princípios espirituais compartilhem conosco nosso espaço ou mesmo nossa consciência. Partindo desta ideia simples não uso a palavra invocar nos textos para não confundir com evocar.

Sendo assim, quando invocamos a presença do Deus  e da Deusa desejamos traze-los para nossa vida de uma maneira especial. De fato, desejamos que sua luz divina brilhe em nossos corações para que possamos nos inspirar em sua jornada afim de completar a nossa.

Uso a palavra convite, que soa muito mais familiar e que resume bem o sentimento que se tem dentro do Círculo Mágico. Invocar é trazer o Divino para dentro de nós e assumir suas responsabilidades. Não é à toa que os egípcios e gregos consideravam o teatro uma obra divina e aplaudiam seus atores a fim de chamar a atenção dos Deuses! Guardadas as devisas proporções celebrar um ritual e agir teatralmente são ações muito próximas!

Dúvidas sobre os conceitos, consulte AQUI.

Dito isto, prossigamos.


Estrutura

Assim como usamos os elementos para representar os quadrantes, no altar também há objetos que representam a presença do Casal Divino em nossa celebração e que representam esta polaridade feminina e masculina/dentro e fora/claro e escuro/frio e calor. São objetos que só fazem sentido quando estão juntos pois é assim também no espiritual: o Deus parte e retorna para o colo da Deusa continuamente.

Gosto de usar como símbolos a Taça e o Athame como símbolos da polaridade, onde esta posiciona-se a esquerda do altar e este a direita do mesmo. Os sacerdotes encarregados anteriormente na criação do círculo mais uma vez assumem suas posições, agora invocando a Deusa e o Deus para si através das palavras rituais adequadas.

Um jarro com vinho ou suco também será necessário.


Conteúdo

Após o convite aos Quadrantes, a Sacerdotisa, o Sacerdote e o Auxiliar posicionam-se diante do altar. A Sacerdotisa segurar a Taça e profere as palavras rituais, seguido pelo sacerdote. As palavras chamam a atenção para as qualidades e responsabilidades que o sagrado masculino e feminino assumem em nossas vidas. Finalizado este, o Auxiliar adiciona um pouco do suco ou vinho dentro da Taça e dá um passo para trás, afim de destacar os sacerdotes.

Estes viram-se um para o outro. A Sacerdotisa lhe estende a Taça enquanto este mergulha em seu interior seu Athame e palavras rituais são proferidas enfatizando que mesmo nossas qualidades não são nada quando não estão juntas e é esta união o propósito de nossas vidas. É o Grande Rito.

E está terminado esta parte.


Alguns pontos:

  • A opção de vinho por suco de uva se dá no caso de restrições por parte de algum celebrante que seja menor de idade ou tenha intolerância ao álcool. Lógico que isto tem que ser levantado com antecedência.
  • Acreditar em ter o Divino dentro de si é diferente de acreditar ser o próprio Divino.
Se esqueci alguma coisa, comente!

Saúde, amizade, liberdade.

S. Thot.





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CONVITE AOS SENHORES DOS QUADRANTES



Olá a tod@s! Continuando a série de postagens sobre a confecção de rituais, escrevo agora sobre o Convite aos Senhores dos Quadrantes. Não discorrerei muito sobre os pensamentos envolvendo-os porque Raven Grimassi escreveu sobre os principais conceitos em seu livro Mistérios Wiccanos (Ed. Gaia) de maneira brilhante.

O autor assume que há várias ideias diferentes sobre as origens, quem são os Senhores e quais os seus papéis durante o ritual. Particularmente penso neles como os Deuses-Antes-dos-Deuses, uma força mais antiga que sustenta sob seus pilares a Essência da Vida. Uma visão que se assemelha a dos Titãs gregos, deuses que surgiram no mundo grego antes dos olímpícos Zeus, Hera, Ares e outros.

Representados no ritual como Senhores de cada Quadrante, são posicionados nas posições Norte, Leste, Sul e Oeste como que pilares a sustentar a abóbada celeste.

Há uma associação direta deles com os elementos Fogo, Ar, Terra e Água. Não por acaso o pensamento mágico ocidental considera estes elementos os pilares fundamentais da construção do mundo físico. A relação Quadrante/Elemento  pode respeitar a tradição (Norte-Terra; Sul-Fogo; Leste-Ar; Oeste-Água) ou se ajustar as particularidades de cada grupo conforme a região onde mora etc. Autores como Starhawk, Cunningham e os Farrar deixam em aberto esta e outras questões. Parto do princípio simples da observação de meu mundo e sob esta verdade faço as adequações necessárias.

Portanto ao Norte eu ponho o Fogo do sol; ao Sul a Terra da eterna escuridão; à Leste o lar do Oceano e a Oeste o domínio dos Ventos sobre os campos. Como é Assim é Dentro como é Fora, o universo que criamos deve refletir o exterior e vice-versa. Logo esta é a minha disposição sugerida.


Estrutura

É interessante que elementos como o Fogo já estejam acesos e a Água em seu recipiente antes do início da invocação. Esta preparação acontece momentos após a entrada de todos no círculo aberto pelos sacerdotes representantes da Deusa e Deus.

O sentido das invocações seguem o movimento do Sol, começando ao Leste e terminando no Sul.


Conteúdo

Uma forma que utilizamos para convida-los é semelhante a apresentada pela escritora Starhawk em sua obra "A Dança Cósmica das Feiticeiras", onde as características dos elementos simbolizados em cada Quadrante são proferidas. Para tanto os sacerdotes e/ou sacerdotisas responsáveis posicionam-se diante de cada um dos seus elementos e proferem as palavras rituais.

Estas palavras tem haver com cada elemento em questão, na invocação de imagens relativas aos elementos chamados. Como para o Norte quente: caatinga, sol de verão, pimenta vermelha etc. Conhecer-se e conhecer as pessoas com quem celebra, saber suas histórias e anseios, ajuda nesta questão.


Alguns pontos:

  • Dependendo da situação o uso de fogo pode ficar restrito. Cabe ao grupo antecipar e decidir que posição tomar (desobedecer a ordem e se responsabilizar ou buscar correlações com cores, formas, outros itens). 
Dúvidas, críticas ou sugestões, contate-me.

Saúde, amizade, liberdade.



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terça-feira, 12 de outubro de 2010

LIMPEZA ESPIRITUAL DO ESPAÇO MÁGICO



Olá a todos.

Não faz muito tempo abordei aqui nestas páginas o tema Limpeza. Mas naquela ocasião o foco era a limpeza de seu espaço comum, da sua casa, seja para prevenir ou afastar energias não desejáveis. Também comentei em outra blogagem sobre como algumas religiões tratam do assunto.

Aqui o foco desta Limpeza Espiritual é para a satisfatória utilização de um espaço com o objetivo de criar e manter ali uma conexão com o Divino livre de "ruídos" energéticos. Estes ruídos são o Medo e a Dúvida.

E, porque não dizer, criar nos celebrantes um estado alterado de consciência. Cada etapa que se promove é mais uma volta nesta escada espiral rumo a este estado mental e emocional diversificados.

Esta Limpeza usa não só a voz e gestos como também elementos físicos que se seguem.


Estrutura

Em nossos rituais são dois parceiros que conduzem juntos a maior parte do ritual e aqui não é diferente. Eles representam as polaridades Deusa e Deus que estão presentes em todas as etapas da vida quando assim as reconhecemos.

Estes sacerdotes percorrem todo o perímetro interno do círculo enquanto com aspergem água salgada e fumaça de incenso. Este movimento deve seguir o movimento aparente do Sol feito no céu, iniciando e terminando no altar. Os recipientes com água salgada podem estar previamente prontos e o incenso aceso. Ou todos os elementos separados, onde uma terceira pessoa, um Auxiliar, trata de reuni-los e entrega-los ao Sacerdote e Sacerdotisa.

Particularmente prefiro a segunda opção, pois é uma representação mais fiel do Início do Universo, onde os elementos em separado são reunidos para criar Todas as Coisas.

A criação do "mundo entre mundos" se dá basicamente com música, movimento e poesia.

E o que dizer? Diga e demonstre que ali, naquele momento & lugar, será criado um espaço mágico. Diga com doçura mas também com autoridade, afastando do coração das pessoas principalmente quaisquer dúvidas ou medos, para que todos a partir daquele momento se sintonizem com o objetivo da celebração.

Doçura porque temos a perfeita noção de nossa posição diante do Universo. Somos pequenos diante desta imensidão de bilhões de estrelas na Via Láctea. Autoridade porque para que esta imensidão seja reconhecida ela necessita de nós, logo temos um valor que precisa ser assegurado.

Não precisa ser em latim ou alguma outra língua antiga e morta, mas tem que ser profundo, vindo do coração. Pode ser ainda uma adaptação de algum autor pagão, ou mesmo um trecho de algum romance, música ou poesia. O importante é que o texto evoque esta força energia dentro de todos.


Alguns pontos:

  • Citei no texto acima que o giro segue o movimento aparente do Sol no céu. Em muitos livros pagãos, cujo os autores moravam ou moram no hemisfério norte, o movimento aparente do sol determinou o movimento dos ponteiros do relógio. Mas no hemisfério sul este movimento é anti-horário. Como o Sol veio antes do relógio, siga o sol. 
Que a paz encontre o coração de vocês.

S. Thot.


    sexta-feira, 8 de outubro de 2010

    ABERTURA DO CÍRCULO MÁGICO



    Círculo Mágico é o processo emocional e mental que visa criar uma lacuna na percepção do espaço e no tempo dentro celebrante de modo que este possa sentir-se em uma realidade diferente . Usualmente outras formas de culto estabelecem um lugar físico e fixo para isto. É o que chamamos de templo.

    Mas wiccanos em geral sempre que podem fazem seus rituais ao ar livre pois entendem que este é o espaço sagrado mais que perfeito para suas práticas onde o mundo natural é o seu templo. Quando solitários ou em pequenos grupos podem fazer rituais nas próprias casas como opção válida.

    O Círculo Mágico também existe no físico e pode ser traçado no solo para que seja uma marcação visível, orientando assim os participantes do ritual sobre a sua localização e a dos Quadrantes, sobre os quais falarei em um texto oportuno.

    Suas dimensões variam conforme o número de pessoas, dinâmica do grupo e objetivos do mesmo e podem ser traçados, desenhados com pedras, folhas, tecido, desenhado com uma vareta sobre a areia etc. Para a confecção de um círculo próximo à perfeição, um rolo de barbante e uma bússola  são importantes como verá a seguir.


    Estrutura

    Para traçar um círculo é muito simples, bastando apenas que você encontre o eixo. O eixo é o ponto em torno do qual o mundo gira. Um ritual, como foi dito, é a representação simbólica da criação do Universo e o eixo é o ponto zero do mundo, onde tudo se equilibra. É o Omphalos.

    Encontrado o local central do ritual, ponha a bússola aos seus pés e segure o carretel do barbante e peça para outra pessoa estica-lo até o tamanho desejado. Encontrado o tamanho, peça para que ela ande segurando o barbante e traça o círculo, enquanto você observa o alinhamento dele com os pontos cardeais. Peça para que a pessoa pare e marque no solo sempre que achar alinhamento dos pontos Norte, Oeste, Sul e Leste. Acredite, é mais fácil fazer do que explicar! Rs!

    Considero adequado que as pessoas responsáveis pelo traçado sejam as mesmas que realizaram a celebração, exercendo os papéis de Deusa e Deus, sendo que esta fica ao centro enquanto Ele dispõe o círculo. Não deixa de ser uma alegoria correta e interessante... Uma terceira pessoa, um Auxiliar, pode ser chamada para ajudar nos trabalhos.

    São também necessários sacerdotisas e sacerdotes responsáveis pelo convite ao Quadrantes. Estes devem ser escolhidos previamente, seus papéis e responsabilidades bem determinados e dúvidas eliminadas. 



    Os outros celebrantes, se existirem, aguardam na borda externa do Círculo até serem chamados.

    Uma vez criado este esboço é só cobri-lo com os elementos que sugeri ou outros que sua inspiração lhe sussurrar nos ouvidos.


    Conteúdo

    A criação do "mundo entre mundos" se dá basicamente com música e poesia. Gosto de caminhar em torno do círculo, depositando sobre o esboço traçado no chão s elementos que escolhi para enfeita-lo, sejam pétalas de rosa ou galhos secos, pedras, areia. Enquanto faz isso entoe as palavras rituais apropriadas, de modo calmo mas firme.

    E o que dizer? Faça a Limpeza Espiritual do Espaço Mágico, afastando do coração&mente das pessoas quaisquer dúvidas ou medos a fim de que todos, a partir daquele momento, se sintonizem com o objetivo da celebração. 

    Diga aos Deuses, aos seus companheiros de culto e sobretudo a si mesmo que neste momento o véu da realidade é cortado para criar um novo espaço, destinado à magia e a celebração da vida. E que dentro dele bons sentimentos como o amor, a entrega e a coragem irão borbulhar como em um caldeirão mágico.

    Não precisa ser em latim ou alguma outra língua antiga e morta, mas tem que ser profundo, vindo do coração Pode ser ainda uma adaptação de algum autor pagão, ou mesmo um trecho de algum romance, música ou poesia. O importante é que o texto evoque esta força energia dentro de todos.

    E está pronto seu espaço sagrado.

    Para trazer para dentro os celebrantes restantes, vá até o ponto mediano entre o altar e o quadrante Leste. Com sua intenção, palavras e gestos, trace uma abertura e convide os celebrantes. Na passagem do último, feche-a.

    Após a entrada destes, os sacerdotes e/ou sacerdotisas responsáveis pelos Quadrantes posicionam nos quadrantes marcados os quatro elementos: terra,fogo, água e ar.


    Alguns Pontos

    • Como fala a sacerdotisa Paula Mazali, "este é um momento seu" . Então venha despreocupada, e com tempo. Esqueça o relógio.
    • Ao contrário da crença geral, o Círculo Mágico para os wiccanos é mais um caldeirão para conter energia do que uma barreira de proteção contra forças maléficas.
    • Uma vez iniciado o ritual é recomendável não interromper com saídas constantes. Tira a concentração e é desrespeitoso. Vá ao banheiro com antecedência. Desligue o celular.
    • Ter uma pessoa do lado de fora do ritual como um Guardião garante maior sensação de segurança em rituais públicos onde objetos pessoais são deixados fora do Círculo.
    • Em caso de necessidade, abra o círculo com o dedo, evitando athames ou outros objetos. Principalmente diante de policiais armados! 
    Ah, sim! Abaixo segue um trecho da animação Fantasia sobre a criação do Universo. Sem dúvida seus criadores estavam à frente de seu tempo!


    Aproveitem!!!


    Saúde, amizade, liberdade.




    S. Thot.

    quarta-feira, 6 de outubro de 2010

    RESPIRAÇÃO E MEDITAÇÃO



    "Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar." 

    Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.
    No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas. 

    Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas? 

    "Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki

    Matéria completa no site da Folha de São Paulo, via Uol


    Respirar é a primeira ação que tomamos ao sair para fora do corpo da mãe, e a última que fazemos antes de entrar no corpo da Mãe. Ela nos acompanha a todo o momento e é um importante medidor de como anda a nossa mente.

    Se pararmos para observar nosso dia-a-dia, respiramos mal. Aliás, escrevi a respeito durante o período em que uma massa de ar seco cobriu a maior parte do país e que tornou o ar que alimenta a região onde moro fétido, seco e impuro. Aliado a nossa vida corrida e a perda de consciência sobre nosso o corpo o resultado é uma respiração insuficiente para as nossas necessidades mais profundas.

    A respiração calma, rítmica, consciente e correta é o primeiro indicador de uma pessoa centrada e é este estado que buscamos durante a realização de um ritual. Outras formas de culto a conseguem abrindo seus rituais através de cânticos e oração. Cantando respiram rítmica e profundamente; e orando meditam sobre o objetivos que os levaram até aquele local. Conosco é similar.

    A Meditação consiste em levar e manter a mente a um estado de quietude, deixando assim o terreno fértil para receber os conhecimentos que serão passados durante o ritual. A Meditação faz com que nos equilibremos, encontremos o nosso eixo, nosso Omphalos.



    Estrutura

    Não é necessário grandes preparações para o exercício de Respiração. Os celebrantes precisam achar uma posição confortável, seja sentados ou deitados e respirar lenta e ritmicamente, a medida que eliminam quaisquer outros pensamentos.

    Os celebrantes precisam fazer a respiração abdominal, através do diafragma. Oposta a esta há a respiração torácica, feita pelo peito e característica das pessoas que vivem momentos de tensão ou ansiedade. Respirando abdominalmente, ou "pela barriga". Aqui está uma boa técnica que vale a pena conferir!

    Conforme as possibilidades, um aparelho sonoro com um CD contendo sons da natureza ou exercícios respiratórios pre-gravados é excelente. Estando ao ar livre melhor ainda. Um facilitador conduz a Respiração e Meditação para que esta tenha um início e fim.



    Conteúdo

    O facilitador pede para que as pessoas se disponham em círculo de maneira confortável e de olhos fechados. Com uma voz serena, ritmada e audível, induz os celebrantes a respirarem de modo calmo e correto. Entremeado a isto palavras ou frases sobre o motivo do ritual podem ser incorporadas ao exercício. Os dois ou três minutos finais devem transcorrer sem palavras.


    Alguns Pontos

    • Como fala a sacerdotisa Paula Mazali, "este é um momento seu" . Então venha despreocupada, e com tempo. Esqueça o relógio.
    • Uma vez iniciado o ritual é recomendável não interromper com saídas constantes. Tira a concentração e é desrespeitoso. Vá ao banheiro com antecedência. Desligue o celular.
    • Ter uma pessoa do lado de fora do ritual como um Guardião garante maior sensação de segurança em rituais públicos onde objetos pessoais são deixados fora do Círculo.
    • Este exercício não precisa ser focado nas práticas dentro do círculo. Use-o em sua vida fora dele, também.
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